“(...) A dicotomia corpo e mente ganhou força na modernidade quando Descartes (1983 ), em seus
estudos sobre a racionalidade humana, caracterizou o dualismo psicofísico entre matéria (corpo ou
coisa extensa - res extensa ) e espírito (alma ou coisa pensante - res cogitans ), reforçando a separação
entre o mundo material e o espiritual (CARBINATTO; MOREIRA, 200 6). Com isso, o corpo estaria
sempre submetido aos comandos da mente num processo que liga a existência do sujeito à sua condição
racional e não existencial. Historicamente, os processos escolares expõem uma forma de trabalhar com
o corpo que denunciam tal divisão, sendo veladamente aceita a separação entre as disciplinas que
trabalham com a mente (Matemática, História, Língua Portuguesa etc.) e a Educação Física que "mexe"
com o corpo. Nessa forma de perceber o corpo, este é compreendido como "físico", e não no sentido
da corporeidade. (...)”.
SILVA, Luiza Lana Gonçalves. REFLEXÕES SOBRE CORPOREIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO
INTEGRAL.
A respeito do conceito de corporeidade , é correto afirmar que:
✂️ a) compreende-se e enfatiza-se a distinção entre corpo e mente, sendo o corpo sobretudo um “meio”
para que a mente se expresse. ✂️ b) a mente também é corpo, a moral e a ética também são corpos. Posto que a mente não é uma
entidade desencarnada; a mente não está em alguma parte do corpo, ela é o próprio corpo. ✂️ c) Corpo e mente são compreendidas como aspectos menores do que constitui o ser humano, sendo
este primordialmente um espírito. ✂️ d) Compreende-se o corpo e sua relação com o espaço como fundamento no processo de
aprendizagem, tendo a mente e aspectos cognitivos um lugar secundário. ✂️ e) Entende-se que a mente humana está submetida ao corpo, sendo este soberano na interpretação e
expressão de sensações e sentimentos.