Kant discute a relação entre a razão especulativa e
as ilusões transcendentes na seguinte passagem da
Crítica da razão pura : “Um procedimento desta espécie,
que consiste em submeter ao exame os fatos da razão,
e, segundo o caso, à sua repreensão, pode-se designar
por censura da razão. E incontestável que esta censura
conduz inevitavelmente à dúvida com respeito a todo o
uso transcendental dos princípios. (…) O primeiro passo
nas coisas da razão pura (…) é dogmático. O segundo
passo (…) é cético e testemunha a prudência do juízo
avisado pela experiência. Mas é ainda necessário um
terceiro passo, (…) o qual tem por fundamento máximas
sólidas e de provada universalidade; consiste em submeter a exame não os fatos da razão, mas a própria razão
no que respeita a todo o poder e capacidade de conhecimento puro a priori ; já não se trata aqui da censura, mas
da crítica da razão”.
A passagem da “censura” para a “crítica”, mencionada no
excerto, implica
✂️ a) evitar as ilusões transcendentes, delimitando o uso
legítimo da razão. ✂️ b) substituir a investigação dos princípios da razão pela
rejeição total da metafísica. ✂️ c) assegurar que os princípios da razão pura sejam
aplicados sem restrições. ✂️ d) estabelecer verdades metafísicas absolutas por
meio do uso transcendental da razão. ✂️ e) rejeitar completamente o uso especulativo da razão
pura.