A filosofia, portanto, é uma luta constante contra nossa
ignorância e ocorre quando chegamos a perceber que
algo contradiz nossas certezas, nossas convicções, algo
que levanta problemas que abalam nossa confiança no
que tranquilamente acreditávamos saber.
Armijos Palácios, G. (2013). O ensino de filosofia e a "situação
problema". In M. Carvalho & G. Cornelli (Orgs.). Ensinar Filosofia. v.1
(pp. 195-203). Cuiabá: Central de Texto.
Com base nessa perspectiva e acerca do ensino
filosófico e de suas implicações no processo de
formação crítica dos estudantes, assinale a alternativacorreta.
✂️ a) A prática docente em Filosofia exige neutralidade
interpretativa, evitando que os estudantes interfiram
com experiências de vida nos debates filosóficos,
sob risco de comprometer a precisão conceitual das
teorias. ✂️ b) A presença da Filosofia no currículo escolar exige a
adoção de manuais técnicos e de linguagem
especializada, pois apenas a exposição literal dos
textos clássicos garante a autenticidade do saber
filosófico. ✂️ c) O ensino filosófico encontra sua plena eficácia
quando se limita ao conteúdo histórico dos sistemas
filosóficos, desconsiderando os atravessamentos
éticos, sociais e linguísticos que permeiam o
cotidiano dos aprendizes. ✂️ d) A metodologia filosófica escolar deve prescindir da
problematização dos saberes prévios dos
estudantes, visto que esses não se harmonizam com
a tradição racional do pensamento filosófico
ocidental. ✂️ e) O ensino da Filosofia na educação básica exige o
enfrentamento das tensões entre sistematização
conceitual e vivência subjetiva, cabendo ao educador
mediar um espaço dialógico que permita a
apropriação ativa do pensamento filosófico em
contextos culturalmente situados.