“Nas obras filosóficas recentes, o termo
“racionalismo” associa-se mais estreitamente com
as posições de um grupo de filósofos do século
XVII, isto é, Descartes, Spinoza, Leibniz e, algumas
vezes, Malebranche. Esses pensadores são, às
vezes, chamados de racionalistas continentais
e geralmente são opostos aos assim chamados
empiristas ingleses, Locke, Berkeley e Hume.
Todos incluídos no primeiro grupo compartilham
a ideia de que temos acesso não-empírico e
racional à verdade sobre como o mundo é, e todos
privilegiam a razão em relação ao conhecimento
derivado dos sentidos ”
(AUDI, Robert. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DE
CAMBRIDGE. Tradução de João Paulo Neto. et.al. São
Paulo: Paulus, 2006. p.788.)
Sobre o racionalismo, podemos AFIRMAR :
✂️ a) O racionalismo é uma posição
epistemológica que defende o sujeito
transcendental e as formas, a priori, da
sensibilidade e do entendimento, como a sede
do conhecimento. ✂️ b) Autores racionalistas, como Descartes e
Spinoza, privilegiam a razão como fonte do
conhecimento em detrimento dos sentidos, mas
assumem princípios importantes do empirismo
de Locke, Berkeley e Hume, como a rejeição
ao inatismo. ✂️ c) A dúvida metódica de Descartes se impõe
como método pelo quais os conhecimentos
derivados dos sentidos podem ser considerados
seguros. ✂️ d) O cogito ergo sum de Descartes traduz
o reconhecimento dos primeiros princípios
da razão, a partir dos quais todos os outros
conhecimentos são deduzidos. ✂️ e) Spinoza afirma que podemos ter ideias
adequadas do mundo através da razão e da
sensação, reconhecendo o papel dos sentidos
na produção de conhecimento seguro.