“Quando dizemos que o pensamento filosóficocientífico surge na Grécia no século VI a.C.,
caracterizando-o como uma forma específica de o
homem tentar entender o mundo que o cerca, isto não
quer dizer que anteriormente não houvesse também
outras formas de se entender essa realidade. É
precisamente a especificidade do pensamento
filosófico-científico que tentaremos explicitar aqui,
contrastando-o com o pensamento mítico que lhe
antecede na cultura grega.”
(MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos présocráticos à Wittgenstein. Rio de Janeiro, Zahar, 2007
)
Sobre as diferenças entre o pensamento mítico e o
pensamento filosófico-científico, é correto afirmar
que:
✂️ a) são diferenças desprezíveis, visto que em ambos
os casos há uma tentativa do homem de “ler” a
realidade do mundo que o cerca. ✂️ b) há uma ruptura radical entre às formas de
explicação mítica e a filosófica-científica.
Enquanto o mito pressupõe uma incondicional
adesão e aceitação de sua narrativa, que apela
para uma realidade sobrenatural, divina ou
misteriosa, o pensamento filosófico-científico
pretende alcançar o conhecimento a partir de
argumentos lógicos e racionais sobre o homem e
a natureza. ✂️ c) há mais semelhanças do que diferenças entre o
pensamento mítico e o filosófico-científico, visto
que em ambos os casos, os mitos são utilizados
para transformação do homem a partir da
catarse, de uma purificação de suas emoções. ✂️ d) há uma ruptura radical entre às formas de
explicação mítica e a filosófica-científica.
Enquanto o pensamento filosófico científico
pressupõe uma incondicional adesão e
aceitação de sua narrativa, o pensamento mítico
pretende alcançar o convencimento a partir de
argumentos lógicos e racionais sobre o homem e
a natureza. ✂️ e) com o surgimento do discurso filosóficocientífico, o mito foi suplantado, desaparecendo
do cenário social da Grécia antiga, uma vez que a
filosofia substitui a mitologia no imaginário
popular.