De uns tempos pra cá, o termo “gentrificação” passou a
povoar discussões sobre a ocupação humana nos bairros
das cidades. Virou praxe encarar a mudança de perfil em
determinadas regiões como “ocupação hipster ”. O termo
pode parecer novo, mas seus efeitos são velhos conhecidos, muito antes da banquinha de fanzines1
e aquele
café (que também é uma floricultura) abrirem perto de
sua casa. Em São Paulo, seus efeitos podem ser vistos
desde o início do século 20, com a transformação do Vale
do Anhangabaú em via ou com a inauguração do Teatro
Municipal e do Jardim da Luz, na região central. (Tiago Dias. https://tab.uol.com.br. 10.07.2020. Adaptado.)
1 Da junção em inglês das palavras fanatic e magazine , fanzines
são pequenas publicações caseiras, produzidas por entusiastas
de determinado assunto.
Caracteriza uma consequência do processo urbano destacado no excerto
✂️ a) o estímulo à formação de megalópoles, que inserem
pequenas cidades na lógica da globalização. ✂️ b) a fragmentação dos limites municipais, que perdem
sentido com a expansão da mancha urbana entre
cidades vizinhas. ✂️ c) a valorização imobiliária, que compromete a permanência de pessoas com menor renda nas áreas ressignificadas. ✂️ d) o movimento migratório de retorno, que auxilia a
reapropriação do espaço urbano por populações
tradicionais. ✂️ e) a concentração fundiária, que amplia a posse do
Estado sobre propriedades de interesse econômico
estratégico.