Um homem de 75 anos de idade foi diagnosticado com
doença de Parkinson há dois anos. Desde então, estava em uso
diário de L-dopa/carbidopa 250 mg/25 mg e pramipexol 0,75 mg,
ambos três vezes ao dia, evoluindo com melhora moderada dos
sintomas motores. Há três meses, conforme relatos da esposa,
passou a ficar mais isolado, recusando convites sociais dos
amigos e familiares, com queixa de fadiga e prejuízo na memória
recente — por vezes esquecia-se de pagar contas e de onde havia
deixado sua carteira. Ele teve redução do apetite com perda
ponderal superior a 10% do peso prévio, dificuldade em iniciar e
manter o sono, e perda do interesse pelas atividades de prazer.
Na última semana, evoluiu com alteração do nível de consciência
e agitação psicomotora, sendo internado no pronto socorro da
clínica médica.
Com referência ao caso clínico apresentado, assinale a opção
correta.
✂️ a) Embora a doença de Parkinson não esteja associada com
aumento da prevalência do transtorno depressivo maior, os
quadros de depressão resistente são mais comuns nessa
população. ✂️ b) A risperidona é o neuroléptico de escolha para tratamento de
psicose em pacientes com doença de Parkinson. ✂️ c) Os agentes antiparkinsonianos são causas frequentes de
delirium em idosos. ✂️ d) A doença de Parkinson, por acometer os gânglios da base,
apresenta como protótipo de sintomas as manifestações
motoras, e, ao contrário da pseudodemência causada por
depressão em idosos, não causa prejuízo mensurável das
capacidades cognitivas. ✂️ e) O uso do pramipexol está associado ao desenvolvimento de
quadros depressivos em idosos com doença de Parkinson.