TEXTO 1 – BEM TRATADA, FAZ BEM Sérgio Magalhães, O Globo O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema. “Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?” Nessa frase o autor do texto 1 poderia reduzir a extensão do texto, substituindo “que se deu” por “ocorrida”; a frase abaixo em que o mesmo processo foi utilizado de forma INADEQUADA por modificar o sentido original da frase primitiva é:
✂️ a) É necessário que se controle a emissão de CO2 / É necessário o controle da emissão de CO2. ✂️ b) Quando mudarmos o transporte, mudaremos o mundo / Após a mudança do transporte, mudaremos o mundo. ✂️ c) Foi necessário que as autoridades se dessem conta do problema / Foi necessário as autoridades se darem conta do problema. ✂️ d) Era natural que os automóveis fossem substituídos / Era natural a substituição dos automóveis. ✂️ e) Todos deixaram os automóveis para que pudessem chegar mais rápido / Todos deixaram os automóveis para que a chegada fosse mais rápida.