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“A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos m...

Responda: “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje. Sozinhas, as despesas soci...


1Q14226 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Social, SEDUC AM, FGV

Texto associado.
29 anos de democracia 

Mais de 90 milhões de brasileiros, quase metade da população atual, não eram nascidos quando o último general- presidente, João Figueiredo, deixou o Palácio do Planalto. Outros 30 milhões ainda não eram adolescentes. 
Maioria crescente dos brasileiros, portanto, terá nascido ou se tornado adulta na vigência do regime democrático. A Nova República já é mais longeva que todos os arranjos republicanos anteriores, à exceção do período oligárquico (1889-1930). 
Em termos de escala, assiduidade e participação da população na escolha dos governantes, o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moderno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência eleitoral anterior. 
A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje. Sozinhas, as despesas sociais no Brasil equivalem, em percentual do PIB, a quase todo o gasto público chinês. 
A democracia brasileira contemporânea, e apenas ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda média. A baixa qualidade dos serviços governamentais está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de políticas públicas social- democratas. 
Autoritários e populistas do passado davam uma banana para o custeio -e o controle de qualidade- da educação básica. Governos democráticos a partir de 1985 fizeram disparar a despesa. Muito da redução na desigualdade de renda se deve a isso. 
Ainda assim, a parte da esquerda viúva da ruína socialista vive a defender o “aprofundamento da democracia” e “mudanças estruturais” que nos livrem do modelo de “modernização conservadora” -seja lá o que esses termos signifiquem hoje. 
Já ocorreu a tal “mudança estrutural”. O Brasil democrático não se parece com seu passado tristonho, embora ainda haja tanto por fazer. 

(Vinicius Mota, Folha de São Paulo)
“A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje. Sozinhas, as despesas sociais no Brasil equivalem, em percentual do PIB, a quase todo o gasto público chinês.” 

Para defender a tese de ruptura com o passado, o autor do texto apela para
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💬 Comentários

Confira os comentários sobre esta questão.
Equipe Gabarite
Por Equipe Gabarite em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: c) O autor utiliza uma comparação direta entre os gastos sociais do Brasil e o gasto público da China para reforçar a ideia de ruptura com o passado. Essa comparação serve para mostrar que, atualmente, o Brasil tem mecanismos de distribuição de oportunidades e mitigação de desigualdades que são significativos, quase equivalentes ao gasto público chinês em percentual do PIB.

A alternativa a) está incorreta porque o texto não faz uma crítica ao modelo social chinês, apenas usa a China como parâmetro comparativo.

A alternativa b) também não é a melhor resposta, pois o autor não cita exemplos variados da realidade atual, mas sim um dado específico de gasto público.

A alternativa d) está incorreta porque não há analogia entre épocas da história brasileira, mas sim uma comparação entre países e seus gastos atuais.

A alternativa e) é incorreta porque o texto não menciona crescimento do PIB, mas sim a proporção dos gastos sociais em relação ao PIB.

Portanto, a comparação entre os gastos sociais brasileiros e o gasto público chinês é o recurso argumentativo utilizado para defender a tese de ruptura com o passado.
Marcos de Castro
Por Marcos de Castro em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: c) O enunciado apresenta uma comparação direta entre as despesas sociais no Brasil e o gasto público na China, destacando que as despesas sociais brasileiras equivalem a quase todo o gasto público chinês em percentual do PIB. Essa comparação serve para reforçar a ideia de uma ruptura com o passado, mostrando uma mudança significativa na distribuição de oportunidades e na mitigação das desigualdades.

A alternativa a) está incorreta porque o texto não faz uma crítica ao modelo social chinês, apenas o utiliza como parâmetro para comparação.

A alternativa b) não é a melhor resposta, pois o texto não cita exemplos específicos da realidade atual, mas sim faz uma comparação quantitativa.

A alternativa d) está incorreta porque não há analogia entre duas épocas da história brasileira, mas sim uma comparação entre Brasil e China em termos atuais.

A alternativa e) também está incorreta, pois o texto não menciona crescimento do PIB, mas sim a proporção das despesas sociais em relação ao PIB.

Portanto, a resposta correta é a letra c, pois o autor utiliza uma comparação entre os gastos sociais brasileiros e o gasto público chinês para defender a tese de ruptura com o passado.
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