O trecho abaixo é de Gaudêncio Torquato, professor da USP e consultor político, publicado no jornal A Gazeta, em 08 de junho de 2013. Premiar policiais que tenham o melhor desempenho na tarefa de reduzir a criminalidade é medida eficiente? Ou, desdobrando a questão, a implantação da meritocracia na esfera policial é estratégia adequada para se alcançar a ansiada meta de redução de crimes nas grandes cidades? Assinale a alternativa que apresenta uma continuidade coerente para o trecho.
✂️ a) Apesar da aparente aprovação, conquistada por um conceito que valoriza o mérito pessoal, não há como deixar de examinar outros posicionamentos que poderão gerar ruídos na implantação da sistemática de contribuir, até, para uma reversão de expectativas. ✂️ b) Ao lado da remuneração, há outros meios que contribuem para o servidor se engajar e participar de forma plena nas tarefas profissionais: os poderes normativo e coercitivo, ou seja, a norma, os princípios, os valores e a possibilidade de ser punido, caso não cumpra bem a missão, funcionam como alavancas do ajustamento do profissional ao ambiente de trabalho. ✂️ c) Em face de uma planilha locupletada de demandas, que se tornam a cada dia mais prementes face aos índices assustadores de criminalidade, o sistema de premiação às performances individuais ameaça ser fator de competição esganiçada e predatória entre grupos. ✂️ d) Na medida em que a cultura meritocrática como conceito que visa valorizar e recompensar os perfis e conjuntos que atingem resultados graças aos seus valores, competências e qualidades é vista com simpatia em todos os espaços de trabalho, ganhando força na administração pública, a resposta, a princípio, é positiva. ✂️ e) Os policiais não refletiram sobre a atual conjuntura de que tanto se fala politicamente; se o tivessem feito, estariam nas ruas e não a fazer greves.