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Vida obscura Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,

Responda: Vida obscura Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro, ó ser humilde entre os humildes seres, embriagado, tonto de prazeres, o mundo para ti foi neg...


1Q25099 | Português, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Vida obscura

Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
ó ser humilde entre os humildes seres,
embriagado, tonto de prazeres,
o mundo para ti foi negro e duro.

Atravessaste no silêncio escuro
a vida presa a trágicos deveres
e chegaste ao saber de altos saberes
tornando-te mais simples e mais puro.

Ninguém te viu o sentimento inquieto,
magoado, oculto e aterrador, secreto,
que o coração te apunhalou no mundo,

Mas eu que sempre te segui os passos
sei que cruz infernal prendeu-te os braços
e o teu suspiro como foi profundo!

SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961.

Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Sousa transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em
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💬 Comentários

Confira os comentários sobre esta questão.
Marcos de Castro
Por Marcos de Castro em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: a)

No soneto, Cruz e Sousa fala de um "ser humilde entre os humildes seres" que vive uma vida difícil, marcada por sofrimento silencioso e oculto ("Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro", "sentimento inquieto, magoado, oculto e aterrador"). Essa figura enfrenta uma realidade dura e negra, que pode ser interpretada como os limites impostos pela discriminação social da época. O poeta mostra esse sofrimento de forma tácita, sem explicitá-lo diretamente, mas deixando claro o peso da opressão e do isolamento. Portanto, a alternativa que melhor traduz essa percepção é a letra a).
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