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Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante...

Responda: Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara de mi...


1Q265739 | História, Vestibular, USP, FUVEST

Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar–me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois sentar–me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!

Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985. O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como uma

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💬 Comentários

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Matheus Fernandes
Por Matheus Fernandes em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: b)

O trecho apresentado, retirado da obra "Frankenstein" de Mary Shelley, publicada pela primeira vez em 1818, pode ser interpretado corretamente como uma crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços científicos.

Nesse trecho, o personagem expressa sentimentos de raiva, vingança e desejo de destruição, o que reflete a insatisfação e o desespero diante da vida e das circunstâncias em que se encontra. Essa reflexão pode ser associada à crítica às consequências negativas do avanço científico e tecnológico sem a devida reflexão ética e moral, característicos da sociedade industrializada da época.

Assim, a obra de Mary Shelley pode ser vista como uma advertência sobre os perigos da ciência sem consciência e sobre as consequências da alienação e da falta de responsabilidade em relação às criações humanas.
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