Segundo Cortella (2011, p. 43), que lida com “processos pedagógicos na sua modalidade intencional”, é necessário reforçar a consciência de que valores e conhecimentos são resultantes de uma sucessão de ocorrências existenciais e não determinações de natureza humana imóvel. Nessa perspectiva, esses processos pedagógicos estão imersos no tecido social, tendo a responsabilidade de educar para a vida coletiva, devendo ser enfocados e compreendidos
✂️ a) na perspectiva da mentalidade dominante, que não abre espaço para a relatividade histórica e também não valoriza a compreensão das condições de produção do conhecimento. ✂️ b) na busca da gênese e dos desdobramentos dos valores e conhecimentos dos alunos e docentes, como questão fundamental na construção de uma relação pedagógica, autônoma e produtiva. ✂️ c) na ideia de transformação da realidade ou de elaboração de conhecimentos que adquire um sentido transcendental e que deve ser desconectado do aspecto processual do passado que o contamina. ✂️ d) numa visão de alteridade, onde identificar nos outros, e em si mesmo, o caráter múltiplo da humanidade significa conformar-se com a situação dos alunos que não conseguem aprender o que lhes é ensinado. ✂️ e) numa prática educativa que precisa relativizar o peso dos conhecimentos científicos, desqualificando-os, para diminuir a presunção dos cientistas, contra os não escolarizados, os que não têm sucesso na escola.