Texto associado. [Do espírito das leis]
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todo instante, esquecer seu criador - Deus, pelas leis da religião, chamou-o a si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos advertiram-no pelas leis da moral.
(Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
De acordo com a lógica do texto, as afirmações O homem esquece seu criador e Deus chama-o para si estão clara e corretamente articuladas na seguinte frase:
✂️ a) Ainda quando se esqueça de seu criador, o homem busca seu chamado. ✂️ b) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu criador. ✂️ c) Não obstante o homem possa esquecer seu criador, este o chama para si. ✂️ d) Deus chama o homem para si, conquanto ele não deixe de esquecê-lo. ✂️ e) Mesmo que viesse a esquecê-lo, o chamado de Deus seria ouvido pelo homem.