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A um paciente foi prescrito um medicamento anticonvulsivante barbitúrico oral (fenob...

Responda: A um paciente foi prescrito um medicamento anticonvulsivante barbitúrico oral (fenobarbital), devido a problemas de crises convulsivas. Após alguns meses de tratamento, o paciente estava sentind...


1Q475668 | Farmácia, Interação Medicamentosa

A um paciente foi prescrito um medicamento anticonvulsivante barbitúrico oral (fenobarbital), devido a problemas de crises convulsivas. Após alguns meses de tratamento, o paciente estava sentindo uma queimação no estômago (azia) e em uma conversa com o seu vizinho contou a ele o que estava sentindo. O vizinho, prontamente lhe indicou um medicamento que era “tiro e queda” e que ele nem precisava consultar o médico, pois ele já tomava o medicamento há algum tempo e nunca teve problemas. O medicamento indicado pelo vizinho era um antiácido, (hidróxido de alumínio + hidróxido de magnésio), que o paciente prontamente comprou na farmácia e logo começou a tomar. Após alguns dias de “tratamento com o antiácido” o paciente teve uma crise convulsiva apesar de tomar regularmente o anticonvulsivante. As crises se repetiram por várias vezes nos dias seguintes, devido à associação desses medicamentos pela incompatibilidade:

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💬 Comentários

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Rodrigo Ferreira
Por Rodrigo Ferreira em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: c)

Vamos entender o que aconteceu aqui. O paciente estava tomando fenobarbital, um anticonvulsivante, e começou a sentir azia. O vizinho indicou um antiácido (hidróxido de alumínio + hidróxido de magnésio), que é uma base e aumenta o pH do estômago.

O problema é que o aumento do pH causado pelo antiácido interfere na absorção do fenobarbital, que depende de um ambiente mais ácido para ser bem absorvido. Com o pH mais alto, o fenobarbital não é absorvido direito, sua concentração no sangue cai, e o efeito anticonvulsivante diminui, levando às crises.

As outras alternativas falam de interações químicas ou farmacológicas que não são compatíveis com o que ocorre nesse caso. Por exemplo, não há aumento da concentração plasmática (a), nem epimerização (b), nem ação quelante do fenobarbital (d), nem diminuição do pH (e), já que o antiácido aumenta o pH.

Portanto, a incompatibilidade é química, causada pelo aumento do pH pelo antiácido, que diminui a absorção e o efeito do fenobarbital.
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