(Cesgranrio) “Pode parecer estranho, mas ´terra roxa´ é uma expressão tão italiana quanto Terra Nostra, a novela. Designa o solo fértil que recobre grandes porções do interior de São Paulo e do Paraná. Mas a cor não é roxa. Tem um tom vermelho-escuro, resultante da oxidação do ferro, abundante em sua composição. Apropriada ao cultivo do café, foi assim batizada porque a palavra rossa (vermelha), usada pelos italianos quando se referiam à terra que lavravam, soava como “roxa” aos ouvidos dos brasileiros monoglotas – e assim se eternizou (...) Um mal-entendido, é certo. Mas também um caso exemplar da rápida e intensa integração entre os povos.”
Revista Época de 05/99.
Desde o começo da grande onda migratória do século passado, mais de 1,5 milhão de italianos e seus descendentes, hoje calculados em 25 milhões, deixaram marcas profundas no caráter e na cultura do brasileiro. A respeito desta imigração, podemos dizer que seu contexto histórico-geográfico foi a(o):
✂️ a) cultura cafeeira do Vale do Paraíba, no sul fluminense, baseada numa agricultura extensiva e no trabalho escravo que os imigrantes vieram substituir, o que trouxe progresso
para a região. ✂️ b) cultura da soja no sul do país, e, em especial, no Paraná, a que se juntou a forte imigração alemã, a qual deu contornos europeus a essa região. ✂️ c) cidade do Rio de Janeiro na virada do século, que se transformou no maior centro
econômico do Brasil. ✂️ d) cidade de São Paulo, com uma forte indústria de base e grande oferta de empregos que
atraiu muitos europeus neste período. ✂️ e) oeste paulista, baseado numa agricultura intensiva, na transição para o trabalho livre e
nos investimentos estrangeiros que transformaram essa região numa das mais ricas do
país.