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A causa mortis do personagem, expressa no últi...

Responda: A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma


1Q666480 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Texto associado.
Aquele bêbado
    — Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.
    O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
    — Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.
    Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma
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💬 Comentários

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Letícia Cunha
Por Letícia Cunha em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: a)

No texto, o personagem jura nunca mais beber álcool, mas passa a "beber" coisas abstratas, como paisagens, músicas e versos, ou seja, o verbo "beber" é usado de forma metafórica, não literal. A causa da morte, "etilismo abstrato", reforça essa ironia, pois ele não morreu por beber álcool de verdade, mas por essa "bebedeira" simbólica. Por isso, a ironia vem da metaforização do verbo "beber" ao longo do texto. As outras alternativas não refletem essa ideia central.
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