As políticas desenvolvimentistas dos anos 1950, levadas a cabo sobretudo nos governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek, acabaram por gerar dois efeitos colaterais em termos socioeconômicos, perceptíveis entre o fim dos anos 1950 e a década de 1960, tais como:
a) o aumento dos índices de pobreza causado pela superexploração dos trabalhadores, e a diminuição da classe operária, uma vez que foram efetivados projetos de empreendedorismo rural.
b) o incremento de impostos e tributos, devido aos custos demandados para se construir Brasília, e a devastação da Amazônia setentrional com vistas à ocupação demográfica e à exploração agrícola.
c) a intensificação da desigualdade inter-regional, causada pela concentração de investimentos no centro-sul, e o aumento da migração interna, principalmente do Nordeste para o Sudeste do país.
d) a crise do agronegócio monopolista, por causa da política de financiamento ao pequeno produtor, e a favelização da periferia das grandes cidades, acompanhando a instalação de grandes parques industriais.
e) a erradicação do analfabetismo, resultante de políticas nacionais de alfabetização, e a urbanização do Centro-Oeste, em virtude da abertura de estradas e núcleos de povoamento.