Na década de 40 do século XIX, por iniciativa
do senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro,
centenas de imigrantes europeus foram trabalhar
nas lavouras cafeeiras do Oeste paulista. A experiência de trazer imigrantes para o
pais não era nova. Fora esboçada pelo Marquês
de Pombal na segunda metade de século XVIII e
muito estimulada nos governos de D. João VI e de
D. Pedro I. A intenção era ocupar áreas de conflito
do sul do Brasil, por meio da doação de pequenos
lotes para serem trabalhados com mão de obra
familiar, enobrecer o trabalho manual e produzir
alimentos para o mercado interno. Não era esse o tipo de trabalhador que
desejavam os cafeicultores em meados do século
XIX. Precisavam de imigrantes que não tivessem
condições de obter a propriedade da terra e, assim,
fossem obrigados a trabalhar na grande lavoura. VAINFAS, Ronaldo et al . História: o longo século XIX, v. 2. São Paulo: Saraiva,
2010, p. 269. Adaptado.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre problemas
que se relacionam à entrada de imigrantes no Brasil, nos
últimos anos, vindos principalmente do Haiti e da Venezuela,
pode-se estabelecer que o que identifica a peculiaridade da
política migratória do Brasil, considerando o século XIX e o
século XXI, é
✂️ a) o bom acolhimento do imigrante europeu pelos
trabalhadores do sertão nordestino, para onde eram
destinados, no século XIX. ✂️ b) a preferência dos imigrantes latino-americanos pelos
pequenos centros urbanos, no século XXI. ✂️ c) a garantia de mercado de trabalho dado pelo governo
imperial ao imigrante europeu, no século XIX. ✂️ d) a destinação do imigrante haitiano às áreas de produção
agropecuária, no século XXI. ✂️ e) a rápida integração do imigrante europeu à cultura
brasileira, levando-o a perder seus traços identitários, no
século XIX.