No bloco superior abaixo, estão citados os três folhetos embrionários de mamíferos; no ...

Gabarito: Alternativa E

A identificação da origem embrionária dos epitélios — se derivados da ectoderme, mesoderme ou endoderme — constitui ponto-chave da Embriologia e figura entre os temas mais cobrados em provas da área biomédica. Cada folheto germinativo estabelece um conjunto bem delimitado de estruturas ao longo do desenvolvimento.

Panorama embriológico essencial
> A ectoderme dá origem principalmente à epiderme e ao sistema nervoso, incluindo formações da crista neural.
> A mesoderme é responsável pela formação dos músculos, ossos, vasos sanguíneos e das membranas serosas que revestem cavidades corporais — o mesotélio do pericárdio, da pleura e do peritônio é sua marca típica.
> A endoderme, por sua vez, reveste internamente o tubo digestório (com exceção das aberturas bucal e anal, que permanecem ectodérmicas), e também origina o epitélio das vias respiratórias, além de estruturas como fígado, pâncreas e tireoide.

Motivo pelo qual a alternativa correta é a letra E (2, 3, 1, 3):
Revestimento do pericárdio — o epitélio seroso que o compõe é mesotelial, portanto derivado da mesoderme → 2.
Epitélio do tubo digestório (excetuando boca e ânus) — procede da endoderme → 3.
Epiderme — estrutura superficial da pele, diretamente oriunda da ectoderme → 1.
Pulmões (epitélio respiratório) — desenvolvem-se a partir do intestino anterior, logo resultam da endoderme → 3.

Por que as demais alternativas estão incorretas?
A (1–3–2–3): Classifica o pericárdio como ectodérmico, contrariando sua natureza mesotelial.
B (3–1–2–3): Atribui o revestimento pericárdico à endoderme e troca a origem da epiderme.
C (2–1–3–3): Trata o tubo digestório como se fosse ectodérmico, o que não se sustenta embriologicamente.
D (3–3–1–2): Indica origem mesodérmica para o epitélio pulmonar e endodérmica para o pericárdio — dois erros graves.

Estratégia eficiente para responder questões desse tipo: uma técnica rápida é associar cada estrutura ao tipo de epitélio e, em seguida, ao folheto germinativo correspondente. Vale lembrar a exceção clássica e muito explorada: boca e ânus possuem revestimento ectodérmico, apesar de integrarem o trajeto digestório.

Referências recomendadas para estudo:
As obras de Sadler (Langman’s Embryology) e Moore & Persaud (The Developing Human) oferecem quadros sinóticos excelentes para memorização desses derivados embrionários.