Questões Português Funções Morfossintáticas da Palavra SE

Considere os seguintes empregos da partícula “se” no tex...

Responda: Considere os seguintes empregos da partícula “se” no texto: 1. “Esses efeitossealteram...” (1º parágrafo). 2. “......


1Q712524 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra SE, Engenheiro Civil, Prefeitura de Curitiba PR, FUNPAR NC UFPR, 2019

Texto associado.
O texto a seguir é referência para a questão.
 
Cientistas comprovaram, pela primeira vez, que o ritmo da entrada e saída de ar no corpo cria uma atividade elétrica no cérebro humano que acentua os julgamentos emocionais e até lembranças desconfortáveis. Esses efeitos se alteram se a pessoa está inspirando ou expirando – e se ela respira pelo nariz ou pela boca. 
No estudo, desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade de Northwestern, voluntários foram capazes de identificar uma expressão amedrontada mais rapidamente quando deparavam com o rosto enquanto inalavam do que quando exalavam. Os participantes tiveram mais facilidade em se lembrar de um objeto quando se deparavam com ele enquanto inspiravam do que quando expiravam. O efeito desaparecia se eles estivessem respirando pela boca. 
“Uma das principais descobertas desse estudo é que existe uma grande diferença na atividade cerebral na amígdala e no hipocampo durante a inspiração em comparação com a expiração”, explicou a autora principal do estudo, Christina Zelano, professora assistente de neurologia da Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern. “Quando você inspira, nós descobrimos que você está estimulando neurônios no córtex olfativo, amígdala e hipocampo, através de todo o seu sistema límbico”. O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Neuroscience. O autor sênior é Jay Gottfried, professor de neurologia na Feinberg.
Os pesquisadores chegaram a essas conclusões ao acompanhar sete pacientes com epilepsia que estavam com cirurgias cerebrais marcadas. Uma semana antes dos procedimentos, um cirurgião implantou eletrodos no cérebro dos pacientes para identificar a origem das convulsões. Isso permitiu que os cientistas adquirissem dados eletrofisiológicos diretamente do cérebro dos pacientes. Os sinais elétricos registrados mostraram que a atividade cerebral flutuou durante a respiração. A atividade ocorre em áreas cerebrais nas quais emoções, memórias e cheiros são processados.
A descoberta levou os cientistas a se perguntar se as funções cognitivas tipicamente associadas com essas regiões do cérebro – especialmente o processamento do medo e da memória – poderiam ser afetadas também pela respiração. A amígdala está fortemente associada com o processamento emocional, em particular emoções relacionadas ao medo. Desse modo, os cientistas pediram a 60 pessoas, no ambiente do laboratório, que tomassem uma decisão rápida sobre expressões emotivas enquanto registravam a respiração deles.
Os voluntários receberam fotos de rostos com expressões de medo ou surpresa e tiveram de indicar rapidamente qual emoção cada rosto estava expressando. Quando encaravam as fotos durante a inspiração, os indivíduos as reconheciam como amedrontadas mais rapidamente do que quando faziam o mesmo durante a expiração. Isso não aconteceu com as expressões de surpresa. Esse efeito diminuiu quando os participantes realizaram a mesma tarefa enquanto respiravam pela boca. [...]
Em um experimento que tinha como objetivo acessar a função da memória (ligada ao hipocampo), os mesmos participantes observaram fotos de objetos em uma tela de computador e foram instruídos a memorizá-las. Os pesquisadores descobriram que os participantes do experimento se lembraram melhor quando tinham encarado as imagens durante a inspiração.
“Isso significa que uma respiração rápida poderia conferir vantagens quando alguém está numa situação perigosa”, explica Zelano. “Se você está em um estado de pânico, o ritmo da sua respiração se torna mais rápido”, afirma. “Como resultado, você passará proporcionalmente mais tempo inalando do que em um estado calmo; assim, a resposta natural do nosso corpo ao medo em aumentar a frequência da respiração pode ter um impacto positivo no funcionamento do cérebro e resultar em uma resposta mais rápida a estímulos perigosos do ambiente.” Outro insight potencial da pesquisa diz respeito aos mecanismos básicos da meditação ou percepção da respiração. “Quando a pessoa inspira, em certa medida está sincronizando oscilações cerebrais por meio da rede límbica”.
(Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/como_a_respiracao_afeta_sentimentos.html)  

Considere os seguintes empregos da partícula “se” no texto:

1. “Esses efeitos se alteram...” (1º parágrafo). 
2. “...lembrar de um objeto quando se deparavam com ele enquanto inspiravam” (2º parágrafo). 
3. “A descoberta levou os cientistas a se perguntar...” (5º parágrafo). 
4. “...descobriram que os participantes do experimento se lembraram melhor quando tinham encarado as imagens...” (7º parágrafo).

A partícula está empregada como pronome reflexivo em:

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💬 Comentários

Confira os comentários sobre esta questão.
Camila Duarte
Por Camila Duarte em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: a)

Para analisar o emprego da partícula 'se' como pronome reflexivo, precisamos entender que o pronome reflexivo indica que o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo.

No exemplo 1, 'Esses efeitos se alteram...', o 'se' é índice de voz passiva ou partícula apassivadora, não reflexivo, pois os efeitos não praticam a ação sobre si mesmos, mas sofrem a ação.

No exemplo 2, '...lembrar de um objeto quando se deparavam com ele...', o 'se' é pronome apassivador ou índice de indeterminação do sujeito, não reflexivo, pois 'se deparar' é uma locução verbal que indica uma ação que acontece, mas não reflexiva.

No exemplo 3, 'A descoberta levou os cientistas a se perguntar...', o 'se' é pronome reflexivo, pois os cientistas praticam a ação de perguntar a si mesmos.

No exemplo 4, '...os participantes do experimento se lembraram melhor...', o 'se' é pronome reflexivo, pois os participantes praticam a ação de lembrar a si mesmos.

Por isso, a análise inicial indica que o 'se' é pronome reflexivo nos exemplos 3 e 4.

No entanto, o gabarito oficial é a), indicando que apenas o exemplo 3 tem 'se' como pronome reflexivo.

Revisando o exemplo 4, 'se lembraram' é verbo pronominal, mas o 'se' funciona como parte integrante do verbo lembrar-se, que é pronominal, e pode ser considerado reflexivo, pois o sujeito pratica a ação sobre si.

Dessa forma, o gabarito oficial considera apenas o exemplo 3 como reflexivo, possivelmente por uma interpretação mais restrita ou por considerar que no exemplo 4 o 'se' é parte do verbo pronominal e não um pronome reflexivo propriamente dito.

Portanto, a resposta correta segundo o gabarito oficial é a), apenas o exemplo 3 apresenta o 'se' como pronome reflexivo.
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