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    Será uma ...

Responda:     Será uma boa ideia ter armas que definem seus alvos e disparam os gatilhos automaticamente? Um robô capaz de selecionar...


1Q837596 | Português, Interpretação de Textos, Analista em Comunicação e Processamento de Dados Judiciário, TJ SP, VUNESP, 2021

    Será uma boa ideia ter armas que definem seus alvos e disparam os gatilhos automaticamente? Um robô capaz de selecionar contratados em uma empresa seria confiável? Como garantir que a tecnologia faça bem ao ser humano? Essas são algumas perguntas presentes no debate ético em torno da IA (inteligência artificial). O crescimento da área é acelerado e muitas vezes incorre em aplicações questionáveis.

    Diversos países correm para dominar a tecnologia visando benefícios comerciais e militares. Para isso, criam políticas nacionais a fim de fomentar a pesquisa e a criação de empresas especializadas na área. EUA, China e União Europeia são destaques nesse mundo.

    O caso chinês é o mais emblemático, com startups sendo incentivadas a desenvolver sistemas sofisticados de reconhecimento facial. O governo usa a tecnologia para rastrear algumas minorias, como os uigures, população majoritariamente muçulmana. Câmeras nas ruas e aplicativos nos celulares monitoram os passos dos cidadãos. A justificativa chinesa é pautada na segurança nacional: o objetivo é coibir ataques extremistas. O sistema de vigilância já foi vendido a governos na África, como o do Zimbábue.

    A discussão sobre ética no ocidente tenta impor limites à inteligência artificial para tentar impedir que a coisa fuja do controle. Outras ferramentas poderosas já precisaram do mesmo tratamento. A bioética, que ajuda a estabelecer as regras para pesquisas em áreas como a genética, é frequentemente citada como exemplo a ser seguido. Uma boa forma de lidar com os riscos de grandes avanços sem impedir o progresso da ciência é por meio de consensos de especialistas, em congressos. Eles podem suspender alguma atividade no mundo todo por um período determinado - uma moratória - para retomar a discussão no futuro, com a tecnologia mais avançada.

    Essa ideia de pé no freio aparece na inteligência artificial. Um rascunho de documento da União Europeia obtido pelo site “Politico”, em janeiro, mostra que o grupo considera banir o reconhecimento facial em áreas públicas por um período de três a cinco anos. Nesse tempo, regras mais robustas devem ser criadas.

(Raphael Hernandes. Inteligência artificial enfrenta questões éticas para ter evolução responsável. Disponível em: https://temas.folha.uol.com.br. Acesso em: 25.02.2020. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o enunciado entre colchetes substitui a construção original, com sentido compatível e de acordo com a norma-padrão de regência verbal.
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💬 Comentários

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Letícia Cunha
Por Letícia Cunha em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: a) A questão trata da substituição de expressões por outras entre colchetes, mantendo o sentido e respeitando a norma-padrão da regência verbal.

Na alternativa a), a expressão original é 'ter armas', e a substituição proposta é 'apropriar-se de armas'. Essa substituição é adequada, pois 'apropriar-se de' rege objeto direto sem preposição, assim como 'ter'. Portanto, o sentido e a regência estão corretos.

Na alternativa b), 'impor limites' é correto, pois o verbo 'impor' rege objeto direto sem preposição. Já 'instituir por limites' está incorreto, pois 'instituir' rege objeto direto sem preposição e não com 'por'.

Na alternativa c), 'retomar a discussão' é correto, pois o verbo 'retomar' rege objeto direto sem preposição. A substituição 'resgatar da discussão' está incorreta, pois 'resgatar' rege objeto direto, e o uso de 'da discussão' (preposição 'de') não é adequado nesse contexto.

Na alternativa d), 'impedir o progresso' é correto, pois 'impedir' rege objeto direto sem preposição. A substituição 'obstaculizar ao progresso' está incorreta, pois 'obstacular' rege objeto direto sem preposição, e o uso de 'ao' está errado.

Na alternativa e), 'monitoram os passos' é correto, pois 'monitorar' rege objeto direto sem preposição. A substituição 'controlam aos passos' está incorreta, pois 'controlar' rege objeto direto sem preposição, e o uso de 'aos' está errado.

Portanto, apenas a alternativa a) apresenta substituição correta, mantendo sentido e regência verbal adequados.
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