“Que a fábrica higiênica e tudo aquilo que a ela se liga, utilidade e palácios do esporte, liquidem
obtusamente a metafísica, seria ainda indiferente; mas que eles, na totalidade social, se
tornem por sua vez metafísica, uma cortina ideológica por trás da qual se adensa a desgraça
real, isso não é indiferente. É daqui que se movem nossos fragmentos. [...] A condenação da
superstição sempre significou, junto com o processo do domínio, também o desmascaramento
do mesmo. O Iluminismo é mais que Iluminismo; natureza que se faz ouvir em seu
estranhamento”
Fonte: Horkheimer & Adorno. Dialética do Iluminismo . In: Reali, G. & Antiseri, D. História da Filosofia – De
Nietzsche à Escola de Frankfurt. Volume 6. São Paulo: Paulus, 2023.
Escola de Frankfurt é constituída de uma série de autores e perspectivas teóricas. Assinale a
alternativa que relaciona CORRETAMENT E a perspectiva teórica e o filósofo correspondente:
✂️ a) Erich Fromm considerava que é possível uma sociedade sem repressões, considerando que
o progresso tecnológico gerou as premissas para a libertação da sociedade da obrigação do
trabalho, inclusive dilatando o tempo livre dos sujeitos. ✂️ b) Antonio Gramsci considerava que os intelectuais desempenham uma função orgânica
dentro da sociedade, pois eles são os representantes da ciência e da técnica e dão ao
proletariado a consciência de sua missão histórica. ✂️ c) Max Horkheimer considerava que a razão, no contemporâneo, oferecia mais verdades
objetivas e universais do que noutros tempos. Considerava, ainda, que poderíamos nos
agarrar nessas verdades graças à nova epifania de sentidos, possibilitada pela indústria
cultural e pelos avanços tecnológicos, que, cada vez mais ampla e aberta, permitia novos
processos de subjetivação. ✂️ d) Herbert Marcuse considerava que a liberdade se manifesta enquanto nossa capacidade de
desobedecer. Os humanos acabam cedendo ao que ele denominou de “conformismo
gregário”, perdendo sua identidade e a saúde mental. ✂️ e) Adorno considerava que o humano havia se tornado cada vez mais substituível e genérico
dentro da indústria cultural. A mídia, instrumentalizada pelo poder, impõe modelos de
comportamentos e de valores, criando necessidades e estabelecendo a linguagem.