A atuação fonoaudiológica na área materno-infantil é fundamental para promover a amamentação adequada e para a prevenção e manejo de distúrbios alimentares e de comunicação desde os primeiros momentos de vida. Martinelli e Marchesan
(2016) descrevem que uma abordagem fonoaudiológica eficaz não deve apenas focar em técnicas básicas de amamentação,
mas deve integrar uma avaliação multidimensional das habilidades orofaciais e dos padrões de sucção e deglutição do bebê.
Esta abordagem deve também considerar a interação entre o contexto ambiental, as condições anatômicas e funcionais do
bebê, e as práticas parentais. Com relação a essa visão abrangente, analise as seguintes práticas de intervenção fonoaudiológica e assinale a alternativa que reflete uma abordagem integrada e baseada em evidências para otimizar a prática da amamentação e a intervenção precoce.
✂️ a) A prática fonoaudiológica deve concentrar-se exclusivamente na observação do padrão de sucção do bebê durante as
consultas, sem incluir a avaliação das condições anatômicas e funcionais do bebê e sem realizar a educação dos pais sobre
técnicas preventivas, baseando-se na premissa de que as dificuldades de amamentação são geralmente auto-limitantes e
se resolvem com o tempo. ✂️ b) A intervenção fonoaudiológica deve adotar um protocolo que inclua a observação e análise detalhada do padrão de sucção
e deglutição, a avaliação das condições anatômicas e funcionais orofaciais, a monitorização do desenvolvimento da alimentação, e a orientação personalizada aos pais sobre técnicas de manejo, posicionamento e adaptação ao ambiente,
considerando também a interação entre mãe e bebê e fatores psicossociais. ✂️ c) A abordagem deve focar apenas na correção das técnicas de amamentação e na modificação do posicionamento durante a
alimentação, ignorando a avaliação das funções orofaciais e das interações mãe-bebê, e assumindo que a maioria das
dificuldades alimentares é devido a erros técnicos que podem ser ajustados facilmente. ✂️ d) A prática deve limitar-se à intervenção após a identificação de problemas evidentes na alimentação e no desenvolvimento,
aplicando estratégias terapêuticas somente quando os problemas se tornam severos, e sem a realização de avaliações
sistemáticas e preventivas das funções orofaciais e das práticas de amamentação.