“O Espelho” de Machado de Assis é um exemplo notável da habilidade do autor em explorar a complexidade da psicologia
humana e da identidade. A história gira em torno de um homem que é nomeado alferes e, como resultado, experimenta uma
transformação psicológica notável. O conto explora o impacto das expectativas sociais e das designações de status sobre a
psique humana. Assinale a alternativa de como se inicia o conto supracitado?
✂️ a) A narrativa começa com um debate filosófico entre quatro ou cinco cavalheiros em uma noite tranquila, e um personagem
chamado Jacobina, que permanece em silêncio na maioria das discussões, revela sua teoria de que cada ser humano tem
duas almas: A primeira é a alma interior, que corresponde à essência, à identidade, à consciência de si mesmo. A segunda é
a alma exterior, que corresponde à imagem, à reputação, à influência de algo ou alguém sobre a pessoa. ✂️ b) A história começa com a dúvida de Rita sobre o sentimento de Camilo por ela. Eis o motivo pelo qual Rita busca a
cartomante para consultá-la e assim tranquilizar o coração. À medida que a história avança, Machado apresenta um
cenário de amizade entre as personagens: Vilela, Camilo e Rita. A partir de então podemos ter o contexto das relações.
Vilela e Camilo são amigos de infância que se reencontram quando adultos. Rita, esposa de Vilela, completa o trio de
amizade, formando o triângulo amoroso. Nesse reencontro entre os dois rapazes, Camilo perde a mãe, e para consolá-los,
Vilela o ajuda com as questões do funerário, enquanto Rita se aproxima do amigo do esposo e, então a trama está feita. ✂️ c) Nogueira, o narrador, relembra uma noite da sua juventude e a conversa que teve com uma mulher mais velha, Conceição.
Aos dezessete anos, partiu de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, com o intuito de concluir os estudos preparatórios. Ficou
hospedado em casa de Meneses, que havia sido casado com uma prima sua e esposa Conceição em segundas núpcias. ✂️ d) Aires vive assim de esperar, numa espécie de morte prévia anunciada, um luto vitalício. O personagem mantém sua
narrativa repleta de lembranças semimortas, condizente com o clima de despedida fúnebre e nada destoante do existente
ao final do Império no Brasil. Ao contrário, D. Pedro II, ele sim era um príncipe herdeiro. E com a expectativa do final do
Império e da Proclamação da República, sabe-se, eram cada vez mais cadavéricos os episódios vividos por ele e a Princesa
Isabel entre 1888 e 1889, especialmente, os anos da narrativa.