[...] Na medida em que a ação da colonização se consubstanciava, novos discursos em prol do trabalho eram produzidos,
separando cada vez mais os indígenas cristãos – os fiéis – daqueles que não aceitavam e resistiam às regras – os infiéis – cujos
discursos eram atentados pelas concepções ocidentais de ócio e vício.
(SANTOS, 2012, p. 34.)
Os indígenas, em sua dinâmica cultural, em muito se diferenciavam dos colonizadores europeus, isso é público e notório, e
no contexto da colonização:
✂️ a) No âmago do projeto apostólico-político, instava o interesse dos indígenas de obter a proteção jesuítica e, pelo outro lado,
o interesse dos clérigos de escravizar os povos originários. ✂️ b) No intuito de explorar os potenciais socioeconômicos das regiões interioranas da América, a cultura ameríndia foi supervalorizada pelos colonizadores, numa tentativa de assim negociar com eles. ✂️ c) A cosmovisão das parcelas étnicas sofre influências externas, devido à sobrepujança da dominação, violência e opressão do
colonizador. Contudo, as práticas dos povos originários nunca foram abandonadas. ✂️ d) Quando a Companhia de Jesus disputava a mão de obra indígena com os espanhóis, houve um projeto lusitano, subsidiado
pela Coroa, de enaltecer a cultura indígena para, assim, alcançar a riqueza dos tupiniquins.