Texto associado. Texto 1
Eu gostaria de sugerir um modelo “narrativo” de subjetividade e constituição da identidade em lugar do modelo da “performatividade”. Meu ponto é que o modelo narrativo tem a virtude de explicar aquele “excedente de significado, criatividade e espontaneidade” que se diz acompanhar a iteração no modelo de performatividade, mas cujos mecanismos não podem ser efetivamente explicados pela performatividade.
BENHABIB, Seyla; SILVEIRA, Ana Claudia Lopes. Diferença sexual e
identidades coletivas: a nova constelação global. Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, v. 22, n. 4, p. 151, 2017.
No trecho acima, observa-se a crítica ao modelo baseado
na performatividade, de Judith Butler, na definição das
identidades. Essa crítica tem como contraponto o modelo
narrativo que
a) limita a fluidez da identidade porque repete normas
sociais pré-existentes.
b) legitima identidades por meio das narrativas das
trajetórias e histórias de vida.
c) influencia a narrativa sobre a cultura local ao se
apropriar de conceitos e reorientá-los.
d) estabiliza as identidades diante das mudanças no curso
das trajetórias de vida.