A deficiência intelectual é uma denominação atual, que substitui a expressão deficiência mental, e representa um comprometimento orgânico que interfere negativamente no desenvolvimento cognitivo. Não caracteriza uma doença, e sim uma condição
de vida. Uma pessoa com deficiência intelectual pode ou não ter outros comprometimentos associados.
(CFP, 2009 p. 136.)
Considerando o texto anterior, leia o caso hipotético descrito a seguir: João, dez anos, está matriculado em uma escola de
educação especial, e é atendido pela psicóloga clínica que dá suporte para essa escola. Foi diagnosticado com deficiência
intelectual leve e transtorno de fluência da fala (gagueira); um dos fatores contribuintes para o distúrbio da fala são fatores
emocionais. Uma das queixas do aluno é sobre a ausência de discurso em sala de aula, afirma que, no momento em que tenta
falar, é sempre interrompido pela professora ou pelos colegas de classe, que todos falam com ele, “espera ai, daqui a pouco
você fala”. Sobre a deficiência intelectual e a garantia de direitos e acessibilidade, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ideia da deficiência intelectual comumente está associada no imaginário social à incapacidade, à eterna infância, à
dependência e provoca sentimentos de superproteção ou de desprezo.
b) A pessoa com deficiência intelectual é discriminada, estigmatizada, colocada numa posição social desfavorável, inferior.
Entretanto, esse quadro é encoberto por palavras de carinho e assistencialismo.
c) Muitas vezes, justifica-se o isolamento e a segregação da pessoa com deficiência intelectual “como sendo o melhor para
eles”. Identifica-se uma pureza, um estado angelical sobrenatural, e eles são diferenciados como um grupo separado dos
demais seres humanos.
d) As pessoas com deficiência intelectual são cidadãos que pertencem à sociedade e, portanto, têm direitos e deveres. Suas
diferenças não devem ser conhecidas e nem reconhecidas para ser respeitadas, pois a garantia ao acesso de seus direitos
não deveria perpassar pela permissão do outro.