A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em
nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo predominantemente
feminino. Homens que dançam são geralmente considerados homossexuais, por não se
enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro
lado, demonstram a não existência de um único tipo de masculinidade, enfatizando que as
identidades humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, as representações
hegemônicas de gênero e as regulações sociais que essas impõem não se manifestam de
forma igual em todas as modalidades de dança. Persiste essa forte representação cultural
ocidental que associa o balé à feminilidade e à homossexualidade. Em outras danças, ela não
se revela tão forte, e os homens não aparecem em menor número, como nas tradicionais
danças folclóricas ou no moderno hip hop. ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Movimento , n. 1, 2011 (adaptado). No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam o(a)
✂️ a) padronização da inserção dos homens nessas manifestações corporais. ✂️ b) identificação de como essas práticas regulam uma única masculinidade. ✂️ c) reconhecimento das diferentes masculinidades. ✂️ d) contestação das normas sociais pelo balé. ✂️ e) reforço de uma feminilidade hegemônica.