A criança e a lógica
Uma menina vê a foto da mãe grávida e ouve a
seguinte explicação: “Você estava na minha barriga, filha”.
Imediatamente, a criança chega à incrível conclusão:
“Mamãe, então você é o lobo mau?”. A partir dos 2
anos, a criança começa a dominar as palavras, mas sua
lógica, que difere da do adulto, surpreende os pais pelas
associações. Para uma psicóloga infantil, esse raciocínio
se explica pelo fato de que a lógica, nos primeiros anos
de vida, é primitiva e rígida, não admite que para a
mesma questão existam várias possibilidades. Quando a
mãe diz que vai chegar em casa à noite, a criança não
compreende por que, afinal, a promessa ainda não foi
cumprida se já está escuro. Ou se ela já ouviu que as
pessoas morrem quando estão velhinhas e de repente
acontece de alguém próximo perder a vida ainda jovem,
ela pode custar a se conformar. “O importante é falar
a verdade e ter paciência. Com o tempo, as crianças
percebem que um fato pode ter mais de uma explicação,
e vários fatos influenciam uma mesma situação. A lógica
vai, assim, aprimorando-se e ficando mais próxima da do
adulto entre os 5 e 6 anos”, afirma a especialista.
Disponível em: http://revistacrescer.globo.com. Acesso em: 15 nov. 2014 (adaptado).
O texto cita a opinião de uma psicóloga como estratégia
argumentativa para
✂️ a) explicar as associações inesperadas das crianças
de 2 a 5 anos. ✂️ b) apresentar dados científicos sobre a falta de lógica
na infância. ✂️ c) gerar efeitos de credibilidade às informações
apresentadas. ✂️ d) justificar a natureza rudimentar do raciocínio infantil. ✂️ e) ajudar os adultos na interlocução com as crianças.