Da calma e do silêncio Quando eu morder a palavra, por favor, não me apressem, quero mascar, rasgar entre os dentes, a pele, os ossos, o tutano do verbo, para assim versejar o âmago das coisas... [...] Quando meus pés abrandarem na marcha, por favor, não me forcem. Caminhar para quê? Deixem-me quedar, deixem-me quieta, na aparente inércia. Nem todo viandante anda estradas, há mundos submersos, que só o silêncio da poesia penetra.
EVARISTO, C. Poemas de recordação e outros movimentos.
Rio de Janeiro: Malê, 2021 (fragmento).
Na reflexão sobre motivos e soluções do trabalho com
a palavra, o eu lírico defende que a poesia
✂️ a) reflete as limitações inerentes à sua matéria-prima. ✂️ b) é um produto relacionado ao sentimento de angústia. ✂️ c) exige o engajamento social para a sua plena realização. ✂️ d) requer um tempo próprio de amadurecimento
e plenitude. ✂️ e) deve desvincular-se de questões de inspiração
metafísica.