O valente Romano Não rolaram pelo chão, machucando-se nas pedras,
como fazem os guerreiros. Nem esmurraram-se as bocas.
Num tempo que não tem medida, sentiram o calor e o
cheiro que cada um exalava. Olhavam o céu procurando
resposta e nada estava escrito. Teriam eles mesmos de
inventar a sentença para o encontro.
Derrotados pela certeza de que gostariam de nunca
romper o abraço, desvencilharam-se, bruscamente.
De cabeças baixas, guardaram o silêncio que apenas os
homens de coragem conhecem.
— Vá embora! — suplicou Romano. Anselmo Dantas experimentou um derradeiro impulso
de partir em cima do inimigo, mas duvidou se queria matá-lo
ou retê-lo junto ao peito. Virou as costas e desapareceu
na escuridão. Um galho de baraúna e um laço de corda
de agave eram a única luz que seus olhos enxergavam.
BRITO, R. C. Faca. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
Nesse fragmento, a tensão da luta corporal entre os
personagens desdobra-se na consciência com que cada um
✂️ a) procura descobrir e atacar as fraquezas do adversário. ✂️ b) reconhece e renega a força de um sentimento imperioso. ✂️ c) admite a culpa por seus crimes e cede ao impulso de morte. ✂️ d) recompõe a calma e desiste da violência do confronto físico. ✂️ e) percebe o impasse da situação e espera pelo momento
oportuno.