No cerne da ideologia Bannon há uma série de contrastes
extraordinariamente simplificadores entre bom e mau,
sagrado e profano. Essa série semiótica cria perigosos outros,
cuja existência contínua ameaça a boa gente que constitui o
que Bannon descreve como a “verdadeira América”(...). Numa
ordem social democrática, o conflito entre oponentes
partidários é agonístico, não antagonístico. Bannon vê de
outra forma. Não há espaço para a cortesia em seu universo
(...).
Jeffrey Alexander. “Vociferando contra o iluminismo: A ideologia de Steve
Bannon”. Sociologia & Antropologia, vol. 08, n. 3, set-dez, 2018.
O antagonismo é a luta entre inimigos, enquanto o agonismo
representa a luta entre adversários. (...) o propósito da política
democrática é transformar antagonismo em agonismo. Isso
demanda oferecer canais por meio dos quais às paixões coletivas
serão dados mecanismos de expressarem-se sobre questões que,
ainda que permitindo possibilidade suficiente de identificação,
não construirão o opositor como inimigo, mas como adversário.
Chantal Mouffe. “Por um modelo agonístico de democracia”. Revista de
Sociologia e Política, Curitiba, n. 25, nov. 2005, p. 11-23.
A primeira citação foi retirada de um texto em que o sociólogo
Jeffrey Alexander desenvolve o que compreende ser a
ideologia de Steve Bannon, assessor do ex-presidente norte-americano Donald Trump. A segunda citação foi extraída de
um artigo em que a cientista política Chantal Mouffe
desenvolve a noção de “pluralismo agonístico”. A partir da
perspectiva apresentada nas citações, é correto afirmar que a
ideologia de Steve Bannon
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