Leia o texto a seguir: "Alguns jornais e revistas se mostram mais sensíveis que outros a experiência diferenciada do tempo como valor-notícia: mantêm uma brecha de escape diante do fetichismo do imediato e incluem em sua pauta relatos que parecem encarar o presente como lacuna. Na maioria dos grandes jornais e revistas brasileiros, contudo, essas inserções são cada vez mais raras e ocasionais. Seu tempo, pontual, não importa qual a temática, tende a se exaurir na rapidez, enquanto seus relatos se confundem no ruído tagarela (e emudecedor) da consonância da mídia" (VOGEL, Daise In A ficção do relato jornalístico, SBJor, p. 08, 2005). A fronteira entre ficção e realidade pode ser muito porosa ou até mesmo permeável, sobretudo quando coloca-se em questão a verdade sobre relato jornalístico. Apesar da vocação para o real, pode-se dizer que:
✂️ a) O relato jornalístico é a tradução fiel da realidade do fato. ✂️ b) O relato jornalístico é sempre uma criação do jornalista baseado na escolha de personagens e uma criação livre da narrativa. ✂️ c) O relato jornalístico não valoriza o instante. ✂️ d) O relato jornalístico não precisa seguir técnicas e normas de apuração, uma vez que a escrita da narrativa atende exclusivamente a intenção do jornalista. ✂️ e) O relato jornalístico pode apresentar contornos ficcionais, pois causa a sensação de que o acontecimento está se desenvolvendo no momento da leitura.