Cartas dos leitores
Adoção (327/2004)
A grande família adotiva
Eu e meu marido somos um casal
saudável, classe média, brancos e podemos
gerar filhos. Há um ano entramos com o
processo de adoção, que durou 26 dias, tempo
recorde. Não exigimos recém-nascidos,
brancos e não separávamos irmãos.
Ganhamos duas joias raríssimas que
mudaram completamente nossa vida. A
Thalya, de 4 anos, e o Nathan, de 3, são
irmãos, negros. Já os amávamos sem
conhecê-los. Estamos juntos há um ano e a
cada dia é uma surpresa e um aprendizado.
Fisicamente não temos nada em comum;
no restante, temos tudo um do outro.
Gostaria de dizer que o sangue e a cor da
pele são insignificantes. Sou mãe desde o
primeiro olhar e são meus filhos desde o
primeiro toque. Por fim, não fizemos favor
algum para esses meninos maravilhosos.
Foi exatamente o contrário: eles estão nos
ensinando tudo, absolutamente tudo, e foram
os dois que nos adotaram.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com.
Acesso em: 29 out. 2019.
Essa é uma carta de leitor em resposta a
uma reportagem intitulada “A grande família
adotiva”, publicada em uma revista de grande
circulação. A partir de um relato pessoal, essa
carta funciona como um(a)
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