Palavras que ferem, palavras que salvam
“Posso ajudar?” Eis duas palavrinhas que
nos soam mais que familiares. Entra-se numa
loja e lá vem: “Posso ajudar?”
Ainda se fossem outras as palavrinhas
— “Posso servi-lo? Precisa de alguma
informação?” Não; o escolhido é o “posso
ajudar”, traduzido direto do jargão dos
atendentes americanos.
A má tradução das expressões comerciais
americanas já cometeu uma devastação
no idioma ao propagar o doentio surto de
gerúndios (“Vou estar providenciando”, “Posso
estar examinando”), que, do telemarketing,
contaminou outros setores da linguagem
corrente.
Veja, n. 1 225, mar. 2009.
O uso de determinadas formas linguísticas
tem sido rejeitado por algumas pessoas, sem
que apresentem motivos reais para essa
discriminação. No texto, o autor assume essa
postura ao
A indicar as
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