Em um estudo de pesquisa sociológica dos mais
importantes na história das Ciências Sociais, Émile Durkheim
analisou os índices de suicídio em diferentes segmentos da
população na Europa do século XIX. Para ele, a soma total de
suicídios em uma dada sociedade e em dado período de tempo é
um fato social ou um fenômeno sociológico, e não psicológico. De
outra forma, existem causas sociais para esse trágico ato humano,
e tais causas estão, assim, na sociedade, e não no indivíduo.
Durkheim, nesse estudo, demonstrou que o envolvimento dos
indivíduos nos meios sociais a que pertencem ou o nível de
integração moral em que estão com a sociedade afeta a variação
desse índice. No mundo moderno, Durkheim classificou dois tipos
de suicídio mais comuns: o Egoísta e o Anômico. O primeiro se
caracteriza pelo isolamento social dos indivíduos, e o segundo, pela
crescente ausência de referências morais para as pessoas.
Acerca das causas sociológicas que contribuem para a manutenção
da taxa de suicídios, é correto afirmar que
✂️ a) os índices de suicídios do tipo egoísta tendem a se elevar
quando os indivíduos se sentem menos integrados a seus
grupos sociais e quando há menos vínculos sociais. ✂️ b) o indivíduo que comete tal ato combate toda dominação
moral que o ultrapassa, afastando o peso social sobre si e
contribuindo para a baixa da taxa de suicídios anômicos. ✂️ c) as crises econômicas que afetam a vida de muitas pessoas
nas sociedades atuais não interferem na variação desse
índice de suicídios, mas, sim, as crises de valores morais. ✂️ d) esse índice de suicídios tende a diminuir bastante em
sociedades em que as normas morais e os costumes não
correspondem às condutas e aos objetivos de vida das
pessoas.