O poema a seguir integra o livro Primeiro caderno do
aluno de poesia Oswald de Andrade (1927), de Oswald
de Andrade (1890-1954).
Meus oito anos
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
Eu tinha doces visões
Da cocaína da infância
Nos banhos de astro-rei
Do quintal de minha ânsia
A cidade progredia
Em roda de minha casa
Que os anos não trazem mais
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
ANDRADE, Oswald de. Caderno de poesia do aluno Oswald
(Poesias reunidas). São Paulo: Círculo do Livro, 1985. p. 158-159.
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações
a respeito do poema e de seu autor.
( ) O poema de Oswald de Andrade faz uma releitura,
em tom de paródia, do poema homônimo de Casimiro de Abreu, poeta romântico.
( ) A agramaticalidade do verso “Sem nenhum laranjais” relaciona-se com o projeto modernista
brasileiro, que considerava o coloquialismo e a
fala popular, entre outros elementos, como contribuições importantes para a construção de uma
língua e uma literatura genuinamente brasileiras.
( ) A oposição entre o “quintal de terra/ Da Rua de
Santo Antônio” e a cidade que “progredia/ Em roda
de minha casa” assinala o processo de migração
do campo para a cidade, antecipando uma temática
que será recorrente no Romance de 30.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para
baixo, é
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