O regime de não proliferação tornou-se um tema central na agenda de política internacional, em particular,
das potências ocidentais e da Rússia, no pós-Guerra Fria. O fim da URSS, o renascimento nuclear,
as preocupações sobre a segurança de instalações nucleares em países menos desenvolvidos, a percepção
de ameaças terroristas e de uso de armas de destruição em massa, a descoberta de redes clandestinas de
comércio e transferência de tecnologia nuclear, a erosão de barreiras técnicas para o desenho de armas
nucleares são alguns dos estímulos para esse enfoque.
HERZ, M.; LAGE, V. C. Brics e a questão nuclear: contestações e reafirmações diante dos mecanismos de governança global.
São Paulo: Carta Internacional . USP, v. 6, n. 2, 2011 (adaptado).
A respeito do regime de não proliferação e das diferentes dimensões da governança relativa à temática
nuclear no pós-Guerra Fria, avalie as afirmações a seguir.
I. A natureza dual da tecnologia nuclear e a preocupação das potências emergentes com a
possibilidade de o regime de não proliferação ser utilizado como mecanismo de constrangimento
de acesso à tecnologia nuclear são fatores que contribuem para as dificuldades da governança
global relativa a esse tema.
II. A partir dos anos 1990, em consonância com a ideia de igualdade entre os Estados e com os
termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), as potências nucleares passaram a agir
progressivamente para abolir seus respectivos arsenais.
III. A Conferência de Desarmamento e a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
tornaram-se os dois principais fóruns para lidar com questões normativas relacionadas à
proliferação nuclear, no pós-Guerra Fria.
É correto o que se afirma em
✂️ a) I, apenas. ✂️ b) III, apenas. ✂️ c) I e II, apenas. ✂️ d) II e III, apenas. ✂️ e) I, II e III.