O predomínio do capital-fetiche conduz à banalização do humano, à descartabilidade do outro e à
indiferença em relação a ele, o que se encontra na raiz das novas configurações da questão social
na era das finanças. Nessa perspectiva, a questão social é mais do que as expressões de pobreza,
miséria e exclusão, pois condensa a banalização do humano, que atesta a radicalidade da alienação e
a invisibilidade do trabalho social, assim como dos sujeitos que o realizam, na era do capital-fetiche.
A subordinação da sociabilidade humana às coisas retrata, contemporaneamente, um desenvolvimento
econômico que se traduz em barbárie social.
IAMAMOTO, M. V. Serviço Social em tempo de capital fetiche : capital financeiro, trabalho e questão social.
São Paulo: Cortez, 2010 (adaptado).
Com base no texto apresentado e na concepção analítica da autora, assinale a opção correta.
✂️ a) A questão social expressa a desorganização e a desarticulação da classe trabalhadora enquanto
sujeitos coletivos. ✂️ b) O Estado amplia o financiamento público das políticas sociais para reduzir os impactos sociais oriundos
da era do capital-fetiche. ✂️ c) Os índices de desemprego, o trabalho informal e a precarização das condições de trabalho são
expressões da questão social que têm fortalecido a organização política da classe trabalhadora. ✂️ d) Os grandes grupos industriais aumentam sua concentração para salvaguardar os direitos trabalhistas
conquistados pela classe trabalhadora e, em consequência disso, ampliam seu poderio econômico
e político. ✂️ e) As lutas no campo democrático-popular se constituem como estratégia de mobilização dos sujeitos
sociais e como base organizativa e dinamizadora de resistência contra-hegemônica diante das
transformações contemporâneas.