Texto associado. A Comissão de Património Mundial da UNESCO declarou, em 08.07.2017, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de Angola, como Património Mundial da Humanidade.
A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava perfeitamente organizado quando da chegada dos portugueses, no século XV, uma das mais avançadas em África à data.
Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências.
Mbanza Congo declarada Património Mundial da Humanidade -09.07.2017. Disponível em: <http://www.dw.com/pt-002/
mbanza-congo-declarada-patrim%C3%B3nio-mundial-da-
-humanidade/a-39617931>. Acesso em: 14 set. 2017.
Vai passar/ Nessa avenida um samba popular/ Cada
paralelepípedo/ Da velha cidade/ Essa noite vai/ Se arrepiar/
Ao lembrar/ Que aqui passaram sambas imortais/ Que aqui
sangraram pelos nossos pés/ Que aqui sambaram nossos
ancestrais/ Num tempo/ Página infeliz da nossa história/
Passagem desbotada na memória/ Das nossas novas
gerações/ Dormia/ A nossa pátria mãe tão distraída/ Sem
perceber que era subtraída/ Em tenebrosas transações
“Vai passar”, Chico Buarque e Francis Hime
Com base nessa música gravada por Chico Buarque, em
1984, ano que marcou o auge da campanha pelas Diretas
Já, é INCORRETO afirmar que a canção:
a) compara a ditadura à escravidão, lembrando antepassados, pés sangrados, calçamentos de paralelepípedo e até o samba como dança de escravizados.
b) sugere a presença do povo nas ruas, num contexto
em que as grandes manifestações de massa voltaram
à cena política.
c) trata a ditadura como uma “página infeliz” do Brasil,
manifestação crítica essa favorecida pela revogação
do AI-5 e pelo abrandamento da censura prévia, em
1978.
d) apresenta a luta pelas Diretas Já como um “samba
popular”, considerando o apoio nas ruas e a vitória da
Emenda Dante de Oliveira, no Congresso Nacional.
e) cita as “tenebrosas transações”, uma referência aos
casos de corrupção revelados na fase final da ditadura, com a maior liberdade aos meios de comunicação.