– São uma formosura os governantes que tu modelaste,
como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição;
que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas
não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando
os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros,
que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por
outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e
às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e
o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão
prosperar, organizando assim a sua cidade?
(Platão. A República, 1987.)
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C.,
caracteriza
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