“A crescente diversidade das famílias brasileiras as faz lidarem de maneiras distintas com os
efeitos das várias “crises”, que vão desde a dos jovens, do envelhecimento, da pobreza e do déficit
de cuidado até a gerada pela recente pandemia provocada pelo vírus da covid-19. A forma de lidar
com elas depende dos recursos humanos, financeiros e de tempo disponíveis dentro de cada arranjo
familiar”. (IPEA, 2023)
Sobre os arranjos familiares no Brasil é INCORRETO afirmar que:
✂️ a) De modo geral, pode-se afirmar que as famílias com crianças e adolescentes têm mais dificuldades
no enfrentamento às crises, em razão de terem menos indivíduos com disponibilidade para trabalhar e obter
renda. Isto se acentua nos arranjos monoparentais femininos, cujas chefes são, muitas vezes, as únicas
pessoas responsáveis tanto economicamente quanto emocionalmente para cuidar de seus filhos. ✂️ b) As mulheres chefes de família monoparentais estão super-representadas em empregos de baixa
remuneração, bem como possuem desafios educacionais e de cuidado com as crianças que não
frequentaram a escola, especialmente, durante o auge da pandemia. ✂️ c) As famílias de maior poder aquisitivo repassam para o mercado privado a função de cuidar. Muitas
vezes, delega-se a responsabilidade às empregadas domésticas, aos cuidadores remunerados, às creches
e/ou às instituições residenciais de cuidado, e, ainda que em menor escala, ao Estado. ✂️ d) A família tem sido a instituição mais resistente no apoio a seus membros, muitas vezes se
reorganizando para o atendimento das necessidades. É um espaço importante para facilitar as interações
entre gerações, seu funcionamento e as transferências. É um espaço de solidariedade, mas também de
conflito e disputa entre gêneros e gerações. ✂️ e) Com o aumento da inserção das mulheres nas atividades econômicas, elas deixaram de ser as
primeiras responsáveis pelas atividades de cuidados, pois a participação masculina nessa esfera aumentou,
acompanhando o crescimento das mulheres no mercado de trabalho.