Durante seu plantão em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), um psicólogo é chamado para atender
Carlos, 32 anos, que chega em estado de agitação psicomotora, verbalizando ideias persecutórias e apresentando
comportamento ameaçador. A equipe observa que Carlos
interrompeu o tratamento há dois meses e retornou hoje
em crise. A família relata dificuldade em lidar com ele em
casa e solicita sua internação imediata, alegando risco
para os vizinhos.
Considerando a Política Nacional de Saúde Mental, a
Reforma Psiquiátrica Brasileira e as diretrizes da Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS), qual a conduta mais adequada do psicólogo diante dessa situação?
✂️ a) Atuar junto à equipe para acolher a crise no território,
buscando estabilizar Carlos através de intervenção
psicossocial e, se necessário, acionando dispositivos
de cuidado intensivo do próprio CAPS. ✂️ b) Reforçar a necessidade de internação psiquiátrica
imediata e contatar um hospital especializado para
encaminhamento compulsório, considerando que a
crise justifica, por si só, a restrição da liberdade do
usuário. ✂️ c) Encaminhar Carlos para uma comunidade terapêutica para atender à demanda familiar, entendendo que essas instituições podem oferecer apoio
residencial e reabilitação de forma complementar à
rede pública. ✂️ d) Orientar a família a buscar medidas judiciais para a
interdição de Carlos, dada a incapacidade do usuário
de decidir sobre seu tratamento e a necessidade de
respaldo legal para as decisões familiares. ✂️ e) Encaminhar Carlos para atendimento em hospital geral, considerando o histórico de não adesão ao tratamento e a necessidade de rápida contenção clínica
para proteger a integridade física dos envolvidos.