A principal forma de psicose ou síndrome psicótica, por sua
frequência e sua importância clínica, é, certamente, a
esquizofrenia. Essa doença, internacionalmente, tem incidência
anual (casos novos por ano) em torno de 15 a 42 por 100 mil
habitantes e prevalência pontual (point prevalence) de 0,4% (4,5
pessoas por 1.000 habitantes). O risco de ter esquizofrenia alguma
vez na vida é, em média, de 0,7% – 7 pessoas em cada 1.000
habitantes (Tandon et al., 2009). No Brasil, a prevalência alguma
vez na vida é semelhante, em torno de 0,8%.
Modificado de DALGALARRONDO, P. Psicopatologia. 3. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2019.
Com relação à esquizofrenia, avalie as afirmativas a seguir.
I. Em muitos pacientes há aumento da experiência e da
expressão emocional. Em contraste, os indivíduos podem
apresentar redução da reatividade emocional (vista também
como uma dimensão dos sintomas negativos). Essa
combinação tem sido denominada de “paradoxo emocional da
esquizofrenia”.
II. Além da hipótese dopaminérgica clássica da esquizofrenia, são
crescentes as evidências de que a fisiopatologia do transtorno
também é composta pela hiperatividade de receptores
serotoninérgicos 2A (5HT2A) corticais, assim como pela
hipoatividade de que receptores N-metil-D-aspartato (NMDA)
em sinapses críticas pré-frontais.
III. O suicídio é a principal causa de morte de indivíduos com
esquizofrenia abaixo dos 35 anos, sendo de 9 a 13% a taxa de
suicídio durante a vida
IV. O início da esquizofrenia tende a ocorrer mais tardiamente em
mulheres do que em homens, sendo que a maioria das
mulheres desenvolve os sintomas na meia idade, por volta dos
45 anos.
V. Todos os antipsicóticos, inclusive os atípicos, podem causar
discinesia tardia.
Estão corretas as afirmativas
✂️ a) I e II, apenas. ✂️ b) I, II e III, apenas. ✂️ c) I, II e IV, apenas. ✂️ d) I, III e IV, apenas. ✂️ e) II, III e V, apenas.