O interesse na interrelação entre a saúde bucal e a saúde
cardiovascular deve-se à necessidade de esclarecer fatores de
risco, como o papel da microbiota bucal no desenvolvimento da
endocardite infecciosa, bem como o impacto dos processos
infecciosos e inflamatórios na predisposição ao infarto agudo do
miocárdio.
✂️ a) A prevenção de eventos cardiovasculares por meio da higiene
bucal cotidiana e rotineira não tem um papel tão importante
na diminuição da carga inflamatória sistêmica e no risco de
infecções secundárias. ✂️ b) A doença periodontal e as infecções endodônticas, mas não a
cárie dentária, estão vinculadas a um elevado risco de
patologias cardiovasculares isquêmicas, hipertensão arterial
sistêmica e eventos infecciosos das câmaras e válvulas
cardíacas. ✂️ c) Não se observa uma relação direta entre maiores índices de
deterioração dentária e um aumento do risco de doenças e
outros eventos adversos cardíacos, como a elevação na
ocorrência de hipertensão arterial sistêmica e de eventos
cardiovasculares isquêmicos, além do infarto agudo do
miocárdio e do aumento da mortalidade. ✂️ d) As condições de inflamação e infecção periodontal,
especialmente nas formas mais agudas, estão
significativamente correlacionadas ao agravamento e à
severidade de condições como hipertensão arterial sistêmica,
diabetes e aterosclerose, mas sem correlação com o aumento
dos níveis de colesterol total e LDL. ✂️ e) A pentraxina – um biomarcador cardiovascular – e certos
vírus presentes em tecidos periodontais, como Epstein-Barr,
citomegalovírus e herpes simples, foram associados a uma
maior predisposição ao agravamento de doenças
coronarianas, sendo encontrados em quantidades elevadas
em indivíduos com cardiopatias e doenças periodontais.