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1Q35533 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

Segundo Almeida Filho & Barreto (2012), a epidemiologia embasa o raciocínio e as técnicas tidas como fundamentais para o êxito das ações de saúde e, em contrapartida, o êxito dessas ações muito contribuiu para o desenvolvimento da Epidemiologia. Nesse sentido, sobre a concepção epidemiológica de risco, analise as afirmativas e assinale a alternativa que corresponde à resposta CORRETA. 

I. Risco em epidemiologia equivale a efeito, probabilidade de ocorrência de uma patologia em uma dada população, expresso pelo indicador de incidência.
II. Para se indicar uma estimativa de risco, faz-se necessário observar a ocorrência de casos de doença ou de óbitos de determinada doença, uma base populacional e uma base temporal.
III. O conceito de risco bem como a sua incorporação possibilitou à epidemiologia uma enorme ampliação de seu objeto de estudo, apesar de não se aplicar às doenças não transmissíveis.
IV. Partindo da abordagem conceitual, pode-se, portanto, definir o risco em termos epidemiológicos, como "a probabilidade de um membro de uma população definida desenvolver uma dada doença em um período de tempo”.
V. O risco, na epidemiologia, também se articula às contínuas mudanças na sociedade, cujo conceito é assumido como condição de suscetibilidade individual e não mais uma condição populacional.

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2Q35554 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

O enfermeiro deve administrar 10mL de uma solução de glicose a 30%, porém na unidade, estão disponíveis ampolas de 20mL de glicose hipertônica a 50%. O volume de glicose a ser aspirado é de
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3Q35558 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

A Resolução COFEN 358/2009 dispõe sobre a “Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do processo de enfermagem em ambientes públicos e privados em que ocorre o cuidado de enfermagem”. Assinale a alternativa que contempla a fase denominada “Avaliação de Enfermagem”.
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4Q35536 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

Nas últimas décadas a demanda de atendimentos da clientela, associada às necessidades de cuidados de enfermagem cada vez mais complexos, tem imposto à equipe de enfermagem uma sobrecarga de trabalho, influenciando na qualidade da assistência prestada. Portanto, o Conselho Federal de Enfermagem - COFEN - publicou a Resolução 293/2004, que estabelece os parâmetros de dimensionamento de pessoal de enfermagem nos serviços de saúde. Em se tratando de dimensionamento de pessoal, assinale a alternativa CORRETA.
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5Q35537 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

A dor é um fenômeno frequente no pós-operatório, podendo resultar em sofrimento e riscos desnecessários ao paciente. Sobre a conduta do enfermeiro, no alívio da dor no pós-operatório, analise as seguintes afirmativas e assinale a alternativa CORRETA. 

I. A dor aguda deve ser avaliada pelo enfermeiro no momento da chegada do paciente na sala de recuperação pós-anestésica - SRPA - e na unidade de internação. Seu controle eficaz inibe os reflexos nociceptivos, permitindo uma mobilização ativa, deambulação precoce e nutrição oral eficaz.
II. A mensuração da dor, apesar de ser importante para o tratamento, quer seja através de autorrelato, quer seja através da observação do comportamento, quer seja, ainda, através da avaliação de variáveis biológicas, não é importante no pós-operatório, uma vez que tal quadro é inerente a qualquer intervenção cirúrgica e a terapêutica medicamentosa estará sempre presente.
III. O controle da dor, no pós-operatório, deve ser instituído antes da cirurgia com analgesia preemptiva ou preventiva, independente do tipo e porte da cirurgia, somente através de fármacos, visando diminuir a sensibilização central e a intensidade da dor no pós-operatório.
IV. No que se refere às intervenções farmacológicas para o controle da dor pós-operatória, a Organização Mundial da Saúde - OMS - recomenda a utilização da escada de analgesia, onde se incluem anti-inflamatórios não hormonais - AINHs -, opióides, medicações adjuvantes e analgesia controlada pelo paciente - ACP -.
V. As intervenções não farmacológicas visam reduzir a ansiedade, o estresse emocional e promovem conforto, incluindo: utilização de práticas complementares, como a calatonia, aplicação de calor e frio e minimização de ruídos.

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6Q35544 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

Leia o TEXTO 05 para responder à questão.
TEXTO 05


      Paciente de 63 anos, sexo masculino, apresenta dor torácica súbita, início agudo, intensa, irradiando para a região cervical e membro superior esquerdo em toda a sua extensão, associado a períodos eméticos e sudorese, esta por sua vez, discreta. Relata que seu pai tem hipertensão e dislipidemia, sendo acometido de acidente vascular encefálico aos 60 anos. Sua mãe tem colelitíase e diabetes, tratando esta com dieta e insulinoterapia. Ao exame mostrava-se consciente, orientado, afebril, perfusão periférica lentificada. Dado vital: PA= 70x 35 mmHg. ECG solicitado mostrava-se compatível com IAM, identificando uma FC de 123 bpm, QRS estreito, havendo uma relação de onda P para cada complexo QRS em todas as derivações, infradesnivelamento em V1 e V2. Trinta minutos depois de ter sido assistido, faz fibrilação ventricular e entra em parada cárdio-respiratória.

A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) pode ser dividida em dois grandes grupos: a SCA com supradesnível de segmento ST (quase sempre um Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnível de segmento ST) e a SCA sem supradesnível de segmento ST (que pode também ser dividida em Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem supradesnível de segmento ST). Observe as afirmações. 

I. O infarto agudo do miocárdio é definido como um evento clínico, causado por isquemia miocárdica, no qual existe evidência de injúria ou necrose miocárdica.
II. A dor torácica, sendo uma condição obrigatória para o diagnóstico de IAM, apresenta como característica dor opressiva ou tipo peso, intensa, com irradiação para membro superior esquerdo, pescoço, dorso ou região do abdômen superior; pode vir associada ou não a sudorese, tonturas e vômitos.
III. O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico de uma SCA e deve ser realizado de forma precoce, dentro dos primeiros 10 minutos de atendimento.
IV. A troponina é o marcador de necrose miocárdica de escolha para o diagnóstico de injúria miocárdica devido à sua especificidade aumentada e melhor sensibilidade, quando comparada com a creatinofosfoquinase isoforma (CK-MB).
V. A angina instável é considerada, quando pacientes apresentam sintomas isquêmicos sugestivos de uma SCA, sem elevação dos biomarcadores de necrose miocárdica, na presença ou não de alterações eletrocardiográficas indicativas de isquemia.

Estão CORRETAS
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7Q35538 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - IRAS - consistem em eventos adversos, ainda, persistentes nos serviços de saúde. Sabe-se que a infecção leva à considerável elevação dos custos no cuidado do paciente, aumentando o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde do país. De acordo com a ANVISA (2013), as pneumonias relacionadas à assistência à saúde são responsáveis por 15% dessas infecções e aproximadamente 25% de todas as infecções adquiridas nas unidades de terapia intensiva - UTI -, cabendo a implementação de medidas preventivas desses agravos. Assinale a alternativa em que encontramos medidas específicas, fortemente recomendadas para a prevenção dessas pneumonias.
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8Q35559 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

A esquizofrenia constitui um transtorno psicótico grave, de natureza crônica e idiopática, mas, segundo alguns autores, fatores genéticos e ambientais parecem estar associados a um aumento no risco de desenvolvimento da doença. O tratamento farmacológico constitui-se uma das modalidades terapêuticas e deve ser feito com o uso de antipsicóticos, também denominados neurolépticos, que são classificados como típicos e atípicos. Assinale a alternativa em que encontramos apenas antipsicóticos atípicos.
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9Q35542 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

As ações para a prevenção e controle do câncer do colo do útero e da mama constituem-se uma linha de atenção considerada prioritária para o Ministério da Saúde, integrando, inclusive, uma das prioridades do Pacto pela Saúde (2006). Depois de analisar as metas estabelecidas nas afirmativas seguintes, assinale a alternativa CORRETA. 

I. Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 25 e 69 anos.
II. Ampliar a cobertura de exame citopatológico em mulheres de 35 a 55 anos.
III. Tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer.
IV. Realizar a punção da mama em 100% dos casos necessários, conforme protocolo.
V. Incentivar a realização de cirurgia de alta frequência para lesões epiteliais de alto grau.
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10Q35549 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

O tratamento adequado de resíduos, decorrentes da assistência à saúde é imprescindível para minimizar riscos à saúde, além de preservar a sustentabilidade dos recursos naturais e qualidade de vida das pessoas. De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC ANVISA Nº 306/04, os Resíduos de Serviços de Saúde - RSS - são classificados em 05 (cinco) grupos A,B,C,D e E, conforme a sua natureza. Assinale a alternativa que apresenta os resíduos do Grupo B.
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11Q35532 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

No posto de saúde de assistência estudantil, comparece um aluno relatando que estava passando por um descampado para chegar à escola e foi vítima de acidente ofídico há, pelo menos, uma hora, e a cobra tinha desenhos semelhantes a um gancho característico e cauda lisa. A enfermeira observou que na região calcânea direita, local da picada, apareciam sinais de inflamação com eritema local. Levado imediatamente ao hospital mais próximo, realizou os exames laboratoriais e um deles mostrava que o tempo de coagulação estava aumentado. Ficando em observação no setor da emergência, apresentou hemorragia com sinais de choque, mas foi revertido pela ação da equipe; e, após 12 horas, apresentou bolhas, equimose e oligúria. Conforme descrição do caso, qual o tipo de acidente ofídico que acometeu o discente. Assinale a alternativa CORRETA.
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12Q35540 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

A análise da situação de saúde constitui um dos campos da Epidemiologia, fazendo interface entre a produção do conhecimento e sua aplicação nos serviços de saúde. Neste sentido, a ocorrência de doenças e agravos à saúde da população denomina-se
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13Q35535 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

De acordo com Ladeira (2015), a abordagem inicial ao paciente acometido de uma parada cardiorrespiratória - PCR - através da ressuscitação cardiopulmonar - RCP -, está expressa na alternativa
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14Q35552 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

A consulta de enfermagem para o acompanhamento da pessoa, com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS - é realizada por meio da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE (BRASIL, 2013). Sobre a consulta de enfermagem para pessoas com HAS, assinale a alternativa CORRETA.
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15Q35551 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

Analise o texto abaixo e assinale a alternativa que representa os princípios doutrinários do SUS: “Todo cidadão brasileiro deve ter acesso às ações e serviços de saúde oferecidos pelo SUS, independente de sua raça, posição social ou crença... Deve ser atendido conforme suas necessidades, reconhecendo as diferenças entre as populações e trabalhar para cada necessidade, oferecendo mais a quem mais precisa, diminuindo, assim, as desigualdades existentes”.
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16Q35563 | Português, Enfermeiro, IFPE

Texto associado.
TEXTO 01
UM ANO DE ELEIÇÃO


      Em seu estranho ritmo, que mistura o frenesi das elites com a calma do povo, a política brasileira chega a mais um ano eleitoral. Em menos tempo do que parece, realizaremos as eleições municipais de 2016.
      Os sinais estão no ar: os pré-candidatos e seus patronos movimentam-se, pesquisas de intenção de voto são divulgadas, cálculos e especulações correm soltos.
      É ótimo que seja assim. Nunca é demais lembrar quão excepcional, na história política brasileira, é o período no qual vivemos: em toda nossa trajetória, é a mais longa fase de normalidade democrática.
      Para um país que teve seus primeiros cem anos de vida republicana entrecortados por golpes de Estado e ditaduras, é extraordinário o fato de estarmos perto de comemorar três décadas seguidas de eleições de prefeitos nas capitais e grandes cidades. Um período curto para nações democráticas, mas longo no nosso caso.
      Nada indica que a eleição deste ano será diferente. A imensa heterogeneidade dos municípios brasileiros impede a prevalência de elementos mais gerais e o quadro que emerge da disputa assemelha-se sempre a uma colcha de retalhos muito díspares.
      Perde tempo quem procura antecipar o “sentido” da eleição, compreender seu “recado” ou projetar a corrida presidencial seguinte à luz dos resultados.
      Podemos estar certos de apenas umas poucas coisas. A primeira: as disputas municipais não são um tipo de “eleição de meio período”, como existe nos Estados Unidos e em outros países. Os eleitores não vão às urnas para “enviar sinais”, de apoio ou reprovação dos governadores ou do presidente.
      O que fazem, unicamente, é procurar identificar o melhor candidato a prefeito de sua cidade, que se ocupará de questões tão mais relevantes quanto mais pobre for o eleitor.
      A segunda é que, para a maioria do eleitorado, a eleição municipal é a escolha de um indivíduo. Apoios e endossos contam, mas raramente são decisivos.
      É minoria a parcela que escolhe prefeitos por suas vinculações, principalmente com partidos, seja para se decidir em quem votar ou não. É majoritária a proporção daqueles que buscam entre os candidatos nítidos atributos administrativos.
      A terceira é que a imagem nacional das legendas tem pouco a ver com sua performance nas eleições locais. Pesquisa recente do Instituto Vox Populi traz elementos para se interpretar essa dissociação entre imagem nacional e voto municipal. Perguntados a respeito da possibilidade de votar em um candidato a prefeito de determinado partido em 2016, pouco mais de um terço dos entrevistados respondeu que não havia “nenhuma” possibilidade, seja por nunca terem votado no partido, seja por estarem hoje decididos a não votar.
      Cerca de 10% disseram que “votariam com certeza”, pois sempre votaram em candidatos a prefeito da legenda. E 50% responderam que “se tiverem um bom candidato ou candidata, poderiam votar nele ou nela”.
      Isso vale da menor cidade do Brasil à megalópole São Paulo. Quem hoje vaticina a respeito da mais importante eleição de 2016 apenas contribui para aumentar o lixo de bobagens produzido sobre o assunto. De 1985 para cá, a eleição em São Paulo mandou para o cemitério um caminhão de teses desmentidas pelas urnas.

(COIMBRA, Marcos. Um ano de eleição (Adaptado). Revista Carta Capital. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/876/um-ano-de-eleicao-3977.html. Acesso em: 09/02/2014.)
Os sinais diacríticos, como a vírgula, os dois-pontos, os parênteses e outros, contribuem significativamente para o bom entendimento do texto, tornando o conhecimento sobre eles algo extremamente necessário. Assim, analise e assinale a alternativa CORRETA.
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17Q35553 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

As doenças crônico-degenerativas, inclusive o câncer, constituem-se uma importante causa de mortalidade. Os vários tipos de câncer, ainda que tenham o mesmo mecanismo fisiopatogênico, diferem do ponto de vista clínico, do etiológico e do preventivo. São doenças diferenciadas, sendo que a maioria é determinada ou está associada a fatores extrínsecos à pessoa (estilo de vida e fatores ambientais) e, portanto, são potencialmente preveníveis. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que corresponde a prevenção secundária.
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18Q35557 | Enfermagem, Enfermeiro, IFPE

Um paciente chega ao pronto-socorro com agitação, confusão, coma ou mesmo com déficit neurológico localizatório, a enfermagem deverá realizar um procedimento primordial, que será
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19Q35565 | Português, Enfermeiro, IFPE

Texto associado.
TEXTO 01
UM ANO DE ELEIÇÃO


      Em seu estranho ritmo, que mistura o frenesi das elites com a calma do povo, a política brasileira chega a mais um ano eleitoral. Em menos tempo do que parece, realizaremos as eleições municipais de 2016.
      Os sinais estão no ar: os pré-candidatos e seus patronos movimentam-se, pesquisas de intenção de voto são divulgadas, cálculos e especulações correm soltos.
      É ótimo que seja assim. Nunca é demais lembrar quão excepcional, na história política brasileira, é o período no qual vivemos: em toda nossa trajetória, é a mais longa fase de normalidade democrática.
      Para um país que teve seus primeiros cem anos de vida republicana entrecortados por golpes de Estado e ditaduras, é extraordinário o fato de estarmos perto de comemorar três décadas seguidas de eleições de prefeitos nas capitais e grandes cidades. Um período curto para nações democráticas, mas longo no nosso caso.
      Nada indica que a eleição deste ano será diferente. A imensa heterogeneidade dos municípios brasileiros impede a prevalência de elementos mais gerais e o quadro que emerge da disputa assemelha-se sempre a uma colcha de retalhos muito díspares.
      Perde tempo quem procura antecipar o “sentido” da eleição, compreender seu “recado” ou projetar a corrida presidencial seguinte à luz dos resultados.
      Podemos estar certos de apenas umas poucas coisas. A primeira: as disputas municipais não são um tipo de “eleição de meio período”, como existe nos Estados Unidos e em outros países. Os eleitores não vão às urnas para “enviar sinais”, de apoio ou reprovação dos governadores ou do presidente.
      O que fazem, unicamente, é procurar identificar o melhor candidato a prefeito de sua cidade, que se ocupará de questões tão mais relevantes quanto mais pobre for o eleitor.
      A segunda é que, para a maioria do eleitorado, a eleição municipal é a escolha de um indivíduo. Apoios e endossos contam, mas raramente são decisivos.
      É minoria a parcela que escolhe prefeitos por suas vinculações, principalmente com partidos, seja para se decidir em quem votar ou não. É majoritária a proporção daqueles que buscam entre os candidatos nítidos atributos administrativos.
      A terceira é que a imagem nacional das legendas tem pouco a ver com sua performance nas eleições locais. Pesquisa recente do Instituto Vox Populi traz elementos para se interpretar essa dissociação entre imagem nacional e voto municipal. Perguntados a respeito da possibilidade de votar em um candidato a prefeito de determinado partido em 2016, pouco mais de um terço dos entrevistados respondeu que não havia “nenhuma” possibilidade, seja por nunca terem votado no partido, seja por estarem hoje decididos a não votar.
      Cerca de 10% disseram que “votariam com certeza”, pois sempre votaram em candidatos a prefeito da legenda. E 50% responderam que “se tiverem um bom candidato ou candidata, poderiam votar nele ou nela”.
      Isso vale da menor cidade do Brasil à megalópole São Paulo. Quem hoje vaticina a respeito da mais importante eleição de 2016 apenas contribui para aumentar o lixo de bobagens produzido sobre o assunto. De 1985 para cá, a eleição em São Paulo mandou para o cemitério um caminhão de teses desmentidas pelas urnas.

(COIMBRA, Marcos. Um ano de eleição (Adaptado). Revista Carta Capital. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/876/um-ano-de-eleicao-3977.html. Acesso em: 09/02/2014.)
Em relação aos recursos expressivos que contribuem para o entendimento do TEXTO 01, assinale a alternativa CORRETA.
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20Q35561 | Português, Enfermeiro, IFPE

Texto associado.
TEXTO 01
UM ANO DE ELEIÇÃO


      Em seu estranho ritmo, que mistura o frenesi das elites com a calma do povo, a política brasileira chega a mais um ano eleitoral. Em menos tempo do que parece, realizaremos as eleições municipais de 2016.
      Os sinais estão no ar: os pré-candidatos e seus patronos movimentam-se, pesquisas de intenção de voto são divulgadas, cálculos e especulações correm soltos.
      É ótimo que seja assim. Nunca é demais lembrar quão excepcional, na história política brasileira, é o período no qual vivemos: em toda nossa trajetória, é a mais longa fase de normalidade democrática.
      Para um país que teve seus primeiros cem anos de vida republicana entrecortados por golpes de Estado e ditaduras, é extraordinário o fato de estarmos perto de comemorar três décadas seguidas de eleições de prefeitos nas capitais e grandes cidades. Um período curto para nações democráticas, mas longo no nosso caso.
      Nada indica que a eleição deste ano será diferente. A imensa heterogeneidade dos municípios brasileiros impede a prevalência de elementos mais gerais e o quadro que emerge da disputa assemelha-se sempre a uma colcha de retalhos muito díspares.
      Perde tempo quem procura antecipar o “sentido” da eleição, compreender seu “recado” ou projetar a corrida presidencial seguinte à luz dos resultados.
      Podemos estar certos de apenas umas poucas coisas. A primeira: as disputas municipais não são um tipo de “eleição de meio período”, como existe nos Estados Unidos e em outros países. Os eleitores não vão às urnas para “enviar sinais”, de apoio ou reprovação dos governadores ou do presidente.
      O que fazem, unicamente, é procurar identificar o melhor candidato a prefeito de sua cidade, que se ocupará de questões tão mais relevantes quanto mais pobre for o eleitor.
      A segunda é que, para a maioria do eleitorado, a eleição municipal é a escolha de um indivíduo. Apoios e endossos contam, mas raramente são decisivos.
      É minoria a parcela que escolhe prefeitos por suas vinculações, principalmente com partidos, seja para se decidir em quem votar ou não. É majoritária a proporção daqueles que buscam entre os candidatos nítidos atributos administrativos.
      A terceira é que a imagem nacional das legendas tem pouco a ver com sua performance nas eleições locais. Pesquisa recente do Instituto Vox Populi traz elementos para se interpretar essa dissociação entre imagem nacional e voto municipal. Perguntados a respeito da possibilidade de votar em um candidato a prefeito de determinado partido em 2016, pouco mais de um terço dos entrevistados respondeu que não havia “nenhuma” possibilidade, seja por nunca terem votado no partido, seja por estarem hoje decididos a não votar.
      Cerca de 10% disseram que “votariam com certeza”, pois sempre votaram em candidatos a prefeito da legenda. E 50% responderam que “se tiverem um bom candidato ou candidata, poderiam votar nele ou nela”.
      Isso vale da menor cidade do Brasil à megalópole São Paulo. Quem hoje vaticina a respeito da mais importante eleição de 2016 apenas contribui para aumentar o lixo de bobagens produzido sobre o assunto. De 1985 para cá, a eleição em São Paulo mandou para o cemitério um caminhão de teses desmentidas pelas urnas.

(COIMBRA, Marcos. Um ano de eleição (Adaptado). Revista Carta Capital. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/876/um-ano-de-eleicao-3977.html. Acesso em: 09/02/2014.)
O autor do TEXTO 01 introduz o tema e seu ponto de vista sobre ele por meio de uma ampla apresentação. Com relação à ideia global do texto, é possível afirmar que
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