
pintura de Eugène Delacroix
A História é divida em períodos históricos e a divisão desses marcos, a chamada periodização, é realizada pelo trabalho do historiador. Este separa a história em períodos a partir de determinadas datas e fatos marcantes.
De modo geral essa divisão é feita a partir de características em comum entre cada época e também a partir marcos que proporcionaram grandes mudanças estruturas na experiência humana seja no âmbito politico, econômico, cultural ou social.
A Idade Moderna é um desses períodos história construídos para facilitar o estudo da História.
O que foi a Idade Moderna?
A periodização da Idade Moderna tem seu inicio em 1453 com a conquista da cidade de Constantinopla pelos Turcos Otomanos e o seu término é em 1789 com a Revolução Francesa.
O início da Idade Moderna: A queda de Constantinopla
Antes do século IV depois de Cristo (d.C.) Constantinopla, uma importante cidade da Grécia e uma grande potência dentro do Império Alexandrino e da cultura helenística, possuía outro nome, era conhecida como Bizâncio desde a sua fundação no século VII antes de Cristo (a.C).
Na ocasião da conquista e expansão do Império Romano sobre a Grécia, Bizâncio, mesmo após ter recebido invasões romanas em 196 a.C., era vista como um ponto de referência do lado oriental do Império.
Com as recorrentes invasões e conflitos nos territórios do Império Romano o rei Constantino no século IV d.C. deslocou a sede do seu Império para Bizâncio, mudando seu nome para Constantinopla.
Dominado pelo cristianismo, o Império Romano do Ocidente, o Império Bizantino, tinha como principal característica a junção entre a cultura helenística( grega) e a judaico-cristã, vindo a ser um dos Impérios mais poderosos da Idade Média.
Esse fato tornou Constantinopla alvo de invasões de outros povos bárbaros que queriam expandir seus territórios.
Com a recorrência dos ataques e das invasões, a cidade ficou cada vez mais enfraquecida e vulnerável, o que despertou o interesse do Império Otomano.
O Império Otomano eram da religião islâmica e se formaram na Europa a pedido do imperador bizantino João V Paleólogo que necessitava de guerreiros. Mas com o tempo o Império Otomano cresceu e se expandiu.
O imperador de Bizâncio propôs ao império do ocidente o fim da do Cisma entre a Igreja católica e a Ortodoxa, a fim de forma uma união contra os Otomanos.
No entanto, mesmo após uma negociação em 1371 com o sultão Murad I, as invasões se tornaram cada vez mais frequente e os otomanos avançavam ainda mais pelo Península Balcânica.
Em 1453 Mehmet II avançou com as suas tropas para Constantinopla visando tornar a cidade a sede do seu Império. Com a invasão a cidade de Constantinopla perdeu suas referências cristãs e a sua basílica de Hagia Sofia foi transformada em mesquita.
A cidade depois se tornou Istambul o cetro do Império Otomano. A queda cidade de Constantinopla é conhecida como um marco no fim da Idade Média e do Início da Idade Moderna.
O fim da Idade Moderna: A Revolução Francesa
A França no final do século XVIII era um país predominantemente agrário e tinha sua economia baseada no modelo feudal. Ao mesmo tempo o rei Luís XVI possui seu poder absoluto, o que contrariava as vontades da burguesia e da nobreza.
Motivados pelo desenvolvimento industrial da França e pela derrubada das barreiras do comercio internacional, a burguesia da França defendia a adoção do liberalismo econômico e a ampliação da sua participação nas decisões políticas da nação.
Com o avanço das ideais dos pensadores iluministas, cada vez mais existia críticas ao modelo absolutista, mercantilista e ao Clero.
“A liberdade guiando o povo”, pintura de Eugène Delacroix
Desse modo, a Revolução Francesa se caracterizou por ser um movimento político e social que destruiu em 1789 o Antigo Regime absolutista e transformou a sociedade moderna, na medida em que foi criado um Estado democrático, tendo como os ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade."
Dessa forma, esse momento se tornou conhecido como o fim da Idade Moderno e o inicio de uma nova era, a Idade Contemporânea.