Mulher jovem em investigação diagnóstica para o distúrbio do
espectro da neuromielite óptica (NMOSD) é encaminhada ao
oftalmologista para avaliação clínica.
Além da anamnese e do exame clínico, o seguinte exame
complementar pode contribuir muito para o diagnóstico
diferencial entre neuromielite óptica e as outras neuropatias
ópticas:
✂️ a) eletro-oculograma, podendo auxiliar no diagnóstico de
alterações retinianas precoces, que ocorrem na neuromielite
óptica, onde o epitélio pigmentar da retina se encontra
comprometido. ✂️ b) potencial visual evocado, podendo mostrar a redução da
amplitude ou uma latência prolongada, mesmo antes de os
sintomas clínicos se manifestarem. ✂️ c) tomografia de coerência óptica do nervo óptico, podendo
evidenciar o espessamento da camada de células ganglionares,
da camada plexiforme interna e da rima neural que
tipicamente ocorre na neuromielite óptica, mas não ocorre nas
outras neuropatias. ✂️ d) campimetria computadorizada, podendo evidenciar o
aumento da mancha cega, a hemianopsia bitemporal e a
constrição do campo visual periférico, sinais característicos da
neuromielite óptica. ✂️ e) eletrorretinograma de padrão reverso de campo total (PERG)
e multifocal (PERGmf), podendo mostrar a significativa
amplitude da N95 e o aumento da espessura da camada de
células ganglionares da retina peripapilar, que ocorrem nas
neuromielites ópticas.