Em ecossistemas de água doce, a ferramenta mais utilizada para
medir o impacto biológico pela exposição aos microplásticos é o
ensaio ecotoxicológico. Durante a realização desses ensaios,
desenvolvidos em laboratório e em condições controladas,
diversas espécies de organismos-teste são expostas a diferentes
concentrações e tipos de fragmentos plásticos. Parâmetros
previamente definidos são analisados e as respostas e alterações
observadas são contabilizadas e avaliadas de forma qualitativa
e/ou quantitativa. (POMPÊO, M. et al. Org. Aspectos da ecotoxicidade em
ambientes aquáticos. São Paulo: Instituto de Biociências,
Universidade de São Paulo, 2022) Em relação aos ensaios ecotoxicológicos, é correto afirmar que:
✂️ a) os organismos-teste devem ser espécies pouco sensíveis ao
poluente analisado, pois eles apresentam respostas rápidas e
eficientes, mesmo quando submetidos a pequenas
concentrações do xenobiótico; ✂️ b) “testes agudos” avaliam respostas rápidas e severas dos
organismos-teste a curto prazo e a toxicidade pode ser
avaliada pelo valor de CL50 (concentração de poluente que
causa a mortalidade de 50% dos organismos expostos); ✂️ c) uma resposta aguda do organismo-teste, quando obtida sob
exposição à menor concentração do agente poluente testado,
indica o baixo risco de exposição que esse xenobiótico
oferece ao ambiente; ✂️ d) a espécie Daphnia magna , componente do fitoplâncton, é
usada como organismo-teste em ensaios normatizados pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a
avaliação da toxicidade em ambientes aquáticos; ✂️ e) “testes crônicos” medem efeitos em longo prazo e têm como
objetivo avaliar a concentração de xenobiótico (CE50 ) que
causa a resposta dos organismos, decorridos 50% do tempo
de duração do ensaio.